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sábado, 27 de janeiro de 2007

Homenagem ao Cel Ustra - Clube Militar RJ

Exmas autoridades, Exmos Srs Presidentes dos Clubes Naval e de Aeronáutica, Almirante José Júlio Pedrosa e Brigadeiro Ivan Moacyr da Frota, associados dos três clubes que promovem este encontro, senhoras, senhores.
Nosso homenageado, Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra. Aqui represento o Clube Naval, o Clube Militar, o Clube de Aeronáutica e, certamente, imenso número de brasileiros indignados com a injustiça. Reunidos estamos para proclamar nossa inconformidade com os rumos dados a nosso país nos últimos tempos, a ponto de tornar possível algo tão fora de propósito como essa ação judicial movida, sabe-se bem com que propósito, contra uma figura modelo de militar e cidadão. A idéia desta reunião surgiu inspirada na justa homenagem prestada ao Cel. Ustra, em Brasília, pouco após seu retorno de São Paulo. Foi idéia feliz, em momento em que forte era a sensação da necessidade de uma resposta à altura, em face da afronta feita à consciência das pessoas de bem. E, para engrandecer o encontro, tivemos a felicidade de contar com a precisa, bela e contundente palavra de Jarbas Passarinho, na saudação ao homenageado. A partir de então, inúmeras manifestações foram formuladas no sentido de que o Rio de Janeiro, onde seu último livro foi lançado com retumbante sucesso, teria, também, de promover uma forte demonstração de solidariedade ao companheiro tão cruelmente ofendido em sua dignidade. Coube aos Clubes Militares, acolhendo a aspiração da imensa maioria de seus associados, darem existência ao acontecimento. Em março de 1964, o povo brasileiro, usando suas Forças Armadas como legítimo instrumento, desencadeou memorável contra-revolução democrática, que impediu a absorção de nosso país pelo comunismo internacional. Hoje, como aconteceu outrora, a luta do Cel. Ustra continua sendo uma batalha em prol da democracia, na medida em que representa a verdade contra a mentira, a dignidade contra a infâmia, a honradez contra a vilania, o patriotismo contra a traição. A primeira certeza com que nos deparamos reside na convicção de que tentam impingir ao povo brasileiro uma tremenda, uma escandalosa impostura, como ficou sobejamente esclarecido, inclusive com provas documentais, no livro “A Verdade Sufocada”, de autoria de nosso homenageado. São mentiras odiosas, continuamente difundidas pelos que foram fragorosamente derrotados nas armas, com o objetivo de, pela força da repetição, torná-las aceitas, invertendo a realidade de nossa história recente. Mas não é apenas a inverdade que provoca revolta. Há, ainda, o caráter juridicamente excêntrico de tal ação, em face da lei de anistia.
A Lei nº. 6.683, de 28 de agosto de 1979, concede anistia a todos quantos houvessem cometido crimes políticos ou conexos, no período entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979. Com a lei pretendia-se, evidentemente, promover a paz e a concórdia entre brasileiros. Assim entenderam uns. Assim, recusam-se a admitir outros. Justamente os que mais dela se beneficiaram, conquanto tivessem cometido os mais variados e torpes crimes: roubos, seqüestros, assassinatos, atos de terrorismo indiscriminado, entre outros. Querem que se esqueça de seus delitos, recebem polpudas e ilegítimas indenizações e, a par disso, buscam enxovalhar a honra alheia, ao arrepio da própria lei que os ampara. O encontro que hoje promovemos tem, pois, a marca da solidariedade ao companheiro de profissão, que soube com dignidade e competência cumprir seu dever de soldado; tem a marca do repúdio à injustiça que alguns mal intencionados pretendem cometer contra um profissional exemplar; tem a marca da certeza de que o Brasil, mercê da atuação de homens determinados, livrou-se de caminhos politicamente indesejáveis, que levaram tantos povos, no século passado, a desenganos e sofrimentos; tem a marca da firme recusa em se aceitar o ressentimento como norma e o revanchismo como meta; tem a marca do inconformismo com a manipulação da justiça em nosso país. Ce. Ustra, reunidas neste histórico salão, palco de memoráveis batalhas em defesa dos interesses da gente brasileira, estão pessoas que acreditam no trabalho sério e competente que o Sr. desenvolveu ao longo de toda a sua carreira; pessoas que crêem na democracia como meta e na dignidade como princípio; pessoas que têm fidelidade aos valores cristãos; pessoas que, por o conhecerem, não podem admitir as acusações que agora querem, covardemente, lhe imputar.Queira receber nossa estima, nosso apoio e nossa solidariedade.

Discurso do
General de Exército Gilberto de Figueiredo, Presidente do Clube Militar, no almoço de solidariedade ao Coronel Brilhante Ustra:
25jan06

XIII ENCONTRO DO FORO DE SÃO PAULO -2

A cubanização da América Latina
Por Carlos I.S. Azambuja em 25 de janeiro de 2007
Resumo: O documento do XIII Encontro do Foro de São Paulo diz toda a verdade quando confessa que não existem duas esquerdas diferentes, uma “moderada” (Lula, Kirchner, Tabaré Vasquez e Bachelet) e outra “radical” (Fidel Castro, Chavez e Evo Morales), mas uma só esquerda .“Em Havana, em dezembro de 2001, durante a 10ª reunião do Foro de São Paulo (FSP), junto aos chefes narco-guerrilheiros colombianos Rodolfo González (FARC) e Ramiro Vargas (ELN) e a mais de 300 líderes comunistas do continente, o dirigente brasileiro (Luiz Inácio Lula da Silva) rendeu uma incrível homenagem ao ditador Castro: ‘Embora o seu rosto esteja marcado por rugas, Fidel, sua alma continua limpa porque você nunca traiu os interesses de seu povo’. ‘Obrigado, Fidel, obrigado por vocês existirem’”
(25 de setembro de 2002, Miami, “Brasil à Beira do Abismo? Neo-Lula, Sugestão Coletiva e Cubanização”, por Armando Valladares, ex-preso político cubano, autor do livro ‘Contra toda Esperança’).
O XIII Encontro do Foro de São Paulo foi realizado em El Salvador, no período de 12 a 14 de janeiro de 2007, com a presença de 596 delegados dentre os quais 219 representando 58 partidos, movimentos sociais e igrejas, procedentes de 32 países. Entre eles, representantes dos Partido Comunista Chinês, Partido Comunista do Vietnã e um representante do governo da Líbia.
O Partido dos Trabalhadores fez-se representar por Valter Pomar (Secretário de Relações Internacionais), Joaquim Soriano (Secretário-Geral), Neila Batista (Secretária-adjunta de Assuntos Institucionais), Rafael Pops (Secretário da Juventude) e os dirigentes nacionais Rachel Marques e Flavio Koutzzi.
“A Nova Etapa da Luta pela Integração Latino-Americana e Caribenha”. Foi o tema do Encontro.
Paralelamente, foram realizados diversos Encontros de Trabalho: - dias 7 e 8 de janeiro, um “Taller Juvenil Internacional” e dia 11 de janeiro, os Encontros Internacionais de Parlamentares, de Prefeitos, de Trabalhadores da Cultura, de Movimentos Sociais, de Igrejas, e o Encontro Internacional sobre Processos Eleitorais.
Os porta-vozes do Foro insistem em mostrar essa entidade internacional como propugnando vias democráticas para chegar ao Poder. No entanto, é um fato por demais conhecido dos estudiosos do assunto – fato inexplicavelmente ignorado há 16 anos pela mídia nacional – que o Foro de São Paulo defende ditaduras, como as de Fidel, em Cuba, e grupos guerrilheiros que impõem o terror revolucionário, como as FARC, o EZLN do México e o MRTA do Peru que, assim como o MST brasileiro – um movimento social, segundo o atual governo – integram o Foro. Essas organizações criminosas coexistem em harmonia com esquerdas consideradas moderadas. No substancial, entretanto, são os mesmos fins que emergem entre as esquerdas radical e moderada, pois a ideologia é comum e os meios utilizados, embora distintos, são convergentes. Elas avançam juntas, a velocidades diversas. As diferenças são apenas de ordem metodológica.
Todavia, o documento do XIII Encontro do Foro de São Paulo diz toda a verdade quando confessa que não existem duas esquerdas diferentes, uma “moderada” (Lula, Kirchner, Tabaré Vasquez e Bachelet) e outra “radical” (Fidel Castro, Chavez e Evo Morales), mas uma só esquerda . O documento diz textualmente, anotem: “A maquinaria político ideológica da direita (...) tenta dividir os governos progressistas em dois grupos: a esquerda moderna e a esquerda atrasada, com a intenção de apagar os muitos objetivos comuns que unem nossos governos e partidos. Essa diferença é falsa e o que existe na verdade é uma diversidade de estratégias que respondem às realidades e condições de luta que existem em cada país”.
Quando da criação do Foro de São Paulo, em 1990, apenas o governo cubano estava entregue aos comunistas. Hoje, 16 anos depois, diversos partidos de esquerda, entre os quais alguns que participaram da sua fundação, estão no Poder em seus países - Nicarágua, Venezuela, Bolívia, Uruguai e Brasil -, sendo que Michele Bachelet, Nestor Kirchner e Rafael Corrêa chegaram ao poder com o decisivo apoio de partidos pertencentes ao Foro.
Quanto ao Encontro Juvenil Internacional, realizado dias 7 e 8 de janeiro, é interessante transcrever um pequeno trecho da Declaração Final: “Os delegados e as delegadas de organizações sociais e políticas da América Latina e Caribe, reunidos para fazer ouvir a voz dos sem voz, expressar as idéias, aspirações e sonhos dos excluídos da Pátria Grande, a Pátria de Bolívar, de Martí, de Allende, de Schafik, Monsenhor Romero, Otto René Castillo, Roque Dalton, Ernesto Che Guevara, Augusto César Sandino, Francisco Morazán, Camilo Torres e milhares de homens e mulheres que empunharam seus fuzis, suas idéias, sua coragem, contra o opressor e que hoje nos inspiram”.
A Declaração Final do XIII Encontro do Foro de São Paulo assinalou os temas abordados: “a formulação de políticas neoliberais que fomentam uma genuína democracia política, econômica e social; o desenvolvimento sustentável; a igualdade plena de todos os seres humanos; uma nova integração solidária; o enfrentamento à doutrina imperialista de segurança hemisférica que promove a militarização; a relação entre as forças políticas, os movimentos sociais e os governos de esquerda e progressistas; e o papel que desempenha a solidariedade internacional”.
Prossegue o documento: “A doutrina hegemônica imposta pelos centros de poder mundial, o enfrentamento em Ascenso dos povos à seqüela de concentração de riqueza e massificação da exclusão social, favorece uma acumulação política sem precedentes por parte da esquerda latino-americana. Esse enfrentamento é um dos fatores fundamentais que explica os triunfos eleitorais mais recentes, entre eles a segunda reeleição do presidente Hugo Chavez Frias na Venezuela, a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, a eleição do presidente Rafael Correa no Equador e do presidente Daniel Ortega na Nicarágua (...) Os novos triunfos eleitorais da esquerda se somam aos obtidos com a eleição do presidente Tabaré Vasquez no Uruguai, a eleição do presidente Evo Morales na Bolívia (...) e a presença ou apoio de partidos integrantes do Foro em outros governos da região, como é o caso de Michelle Bachelet no Chile e Néstor Kirchner na Argentina”.”.
E como em todos os Encontros anteriores, este também se solidarizou com Cuba: “Expressamos nossa solidariedade com a revolução cubana, fazemos votos pela pronta e efetiva recuperação do presidente Fidel Castro, reafirmamos nossa condenação ao bloqueio imperialista, exigimos a libertação dos cinco cubanos injustamente presos em cárceres dos EUA pelo suposto delito de lutar contra o terrorismo”. Nesse trecho, os entusiasmados delegados ao XIII Encontro cometeram um pequeno equívoco – aliás, um pequeno equívoco proposital -, pois Fidel Castro não é e nunca foi presidente de Cuba e sim Comandante-em-Chefe das FF AA, presidente do Conselho de Estado, presidente do Conselho de Ministros e Secretário-Geral e membro do Birô Político do Partido Comunista Cubano, conforme decisão do último Congresso do partido único, o 5º, realizado há 10 anos (!), em outubro de 1997.
A Declaração Final do Encontro concluiu que “Os povos da América Latina e do Caribe deverão sentar as bases para a derrota integral do neoliberallismo patriarcal e avançar na construção da alternativa ao sistema imperante. Isso requer uma ação articulada e uma relação respeitosa e complementar entre os partidos, movimentos e coalizões políticas de esquerda e a diversidade de organizações e movimentos populares e sociais (...) Uma ampla frente de luta que integre todos os setores populares e democráticos afetados pelas políticas do modelo dominante. Nas novas condições históricas que vivem a América Latina e o Caribe, os partidos membros do Foro se sentem comprometidos a devotar todos os nossos esforços políticos, materiais e solidariedade para fazer realidade esta grande oportunidade histórica de derrotar o Neoliberalismo e entrar no caminho da construção de uma nova sociedade, justa e democrática (...) O Foro de São Paulo se compromete a defender os processos de mudanças em marcha e utilizar toda a nossa capacidade internacionalista e solidária com Cuba, os governos democráticos e a luta dos povos".
Ao ler o trecho acima, não podemos deixar de recordar que em junho de 1991, no México, o II Encontro do Foro, que abordou o tema “A América Latina e o Caribe em face da Reconstrução Hegemônica Internacional”, foi precedido de uma reunião preparatória, também no México, em março de 1991, que definiu, mediante acordo, que a partir do II Encontro seria firmado o conceito do CARÁTER CONSULTIVO e DELIBERATIVO dos Encontros. Isso significa que as decisões aprovadas em plenárias e constantes das Declarações finais passaram, a partir de então, a ser consideradas DELIBERATIVAS, isto é, DECISÓRIAS EM TERMOS DE ACEITAÇÃO E CUMPRIMENTO pelas delegações e partidos participantes, subordinando-os, portanto, aos ditames do Foro nas ações a serem desenvolvidas em nível internacional e nos respectivos países. Não é segredo que tais deliberações obedecem a uma política internacionalista, com vistas à implantação do socialismo no continente, fato que transfere para um segundo plano os interesses nacionais e fere os princípios da soberania e autodeterminação. A Lei Orgânica dos Partidos Políticos e a Constituição da República definem que “A ação do partido tem caráter nacional e é exercida de acordo com o seu estatuto e programa, sem subordinação a entidades ou governos estrangeiros” (artigo 17 da Constituição e item II, artigo 5º da LOPP).
A Justiça Eleitoral, os demais partidos políticos, a imprensa do país e o Congresso Nacional permanecem inertes e fingem ignorar esse pequeno detalhe.
Um ponto interessante sobre como funciona o Foro de São Paulo, à semelhança de todos os partidos comunistas do mundo: o texto-base dessa Declaração Final foi redigido pelo Grupo de Trabalho – uma espécie de Comissão Executiva do Foro – composto por representantes do PRD mexicano, PC Cubano, Frente Farabundo Marti de El Salvador e Partido dos Trabalhadores, em reuniões realizadas na Colômbia, em 21/23 de abril de 2006 e Uruguai, em 18/20 de agosto de 2006, e apresentada ao XIII Encontro, realizado cinco meses depois, como um prato-feito.
As delegações participantes se limitaram a fazer as seguintes propostas que permitiriam lograr que o Foro seja um instrumento mais eficaz e permanente para articular o trabalho político dos partidos e movimentos membros: a publicação de um boletim eletrônico mensal; a constituição de uma escola continental de formação política; a realização anual de um festival político-cultural; a criação de um observatório eleitoral; o desenvolvimento de uma política dirigida à juventude e de promoção da arte e cultura. A implementação dessas propostas será discutida pelo Grupo de Trabalho.
Finalmente, um outro detalhe extremamente interessante e significativo foi o documento escrito enviado à Mesa diretora do Encontro, em 16 de janeiro, pela Comissão Internacional das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, saudando o Foro de São Paulo, “trincheira onde puderam se encontrar os revolucionários de diferentes tendências, de diferentes manifestações de luta e de partidos no governo (...) Na América Latina não fazemos mais que resenhar, pois todos conhecemos os processos: Cuba, Venezuela, Bolívia, Nicarágua, Equador, Brasil, Uruguai e Argentina, oito países no total, se orientam pelo desenvolvimento de modelos de governo e de sistemas diferentes dos tradicionais impostos pelo imperialismo ianque (...) Cremos oportuno manifestar nossa inquietação e desagrado pela posição de alguns companheiros que, sob responsabilidade pessoal, publicamente dizem que as FARC não podem participar do Foro por ser uma organização alçada em armas (...)".
A importância dada ao Foro de São Paulo pela Inteligência cubana pode ser analisada pela participação no Encontro de Ramiro Abreu Quintana, chefe da Seção América Central do Departamento América, órgão de Inteligência do Comitê Central do PC Cubano, e de José Antonio Arbezu Fraga, chefe do referido Departamento América desde março de 1998 – embora os documentos do Encontro, como medida de desinformatzia , o tenham apresentado como Vice-Chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central.

Para concluir, frase extraída do texto “Foro de São Paulo, uma Versão Anestésica”: “Você acha mesmo que a organização que planejou e dirigiu a mais espetacular e avassaladora expansão esquerdista já observada no continente é um nada, um nadinha, no qual só radicais de direita ou teóricos da conspiração poderiam enxergar alguma coisa?”
Fonte :© 2007 MidiaSemMascara.org

Sobre o autor: Carlos I. S. Azambuja é historiador.

XIII Encontro do Foro de São Paulo

O “Foro de São Paulo” (FSP) em ação coordenada, ante o novo quadro da ibero América, com a péssima influencia dos governos de Cuba e Venezuela. Mas de sessenta delegações de organizações esquerdistas de uns trinta países, especialmente ibero americanas, se reuniram na capital salvadorenha para traçar estratégias políticas e marcantes nas atuações do denominado “Foro de São Paulo” (FSP) que nasceu em 1990 como resultado de uma iniciativa de Fidel Castro e do Partido de dos Trabalhadores (PT), do Brasil). As atuações de Fidel Castro, Chaves e Lula presidindo, as ações deste XIII encontro do FSP, mantém várias de suas reuniões a portas fechadas e as quais se impediu o acesso dos jornalista credenciados. Destacamos os seguintes assuntos do temário deste Encontro do FSP:
• igrejas comprometidas;
• o papel dos meios de comunicação;
• ações culturais.
GOVERNO e ESQUERDA URUGUAYA NO FSP
Vários setores da Frente Ampla foram os fundadores do FSP. Em 1995, a coalizão frente ampla, hoje governantes, se integraram formalmente como tal a FSP. Atualmente, Aníbal Pereyra (deputado pelo Movimiento de Participación Popular (MPP) e os dirigentes de esquerda Manuel Laguarda (Partido Socialista) e Álvaro Coronel (Vertiente Artiguista), entregaram a delegação da Frente Ampla que assiste ao XIII Encontro do FSP em São Salvador.
Com escassas informações pública, em agosto do ano passado, se reuniram em Montevidéu, múltiplos representantes de partidos e organizações de esquerda de toda América. Entre outras, estiveram presentes delegações do Partido Comunista de Cuba, do Exército de Libertação Nacional (ELN) e das Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia (FARC); da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) da Nicarágua; da União Revolucionaria Nacional da Guatemala (URNG); da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) de El Salvador, etc. Esse encontro foi organizado pela Cone Sul do Foro de São Paulo encabeçado pelo PT do Brasil e pela governamental coalizão de frente do Uruguai. Foi inaugurado pela vice-ministra de Relações Exteriores do Uruguai, Belela Herrera, e vem sendo apresentado como "experiências de governo dos partidos de esquerda e progressistas da América Latina e Caribe". Os integrantes do FSP insistem em mostrar o Foro como propugnando vias democráticas para ascender ao poder. Entretanto de fato o FSP defende ditadura sanguinárias como as de Fidel Castro e a grupos guerrilheiros que empoem o terror revolucionário como as FARC, o Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) do e o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA), do Peru, que formam parte do próprio FSP. Essas organizações criminosas coexistem em harmonia com a esquerda considerada "moderada" ou "light" (como a do Chile, por exemplo). Tudo parece confirmar o que sempre se soube: entre a esquerda que se mostra "moderada" e a chamada "radical" há coincidência substancial dos fins últimos perseguidos. São fins comuns que emergem de una ideologia comum aos quais pretendem arribar por meios distintos porem convergentes. As diferenças, que são de ordem metodológico, se articulam para fazerem funcionar o avanço esquerdista. Eles próprios como si houvessem combinado -táctica o explicitamente – avançar juntos ainda que com velocidades diversas e utilizando-se reciprocamente para melhor incidir nos diversos sectores de opinião. O FSP declara também ser apenas um âmbito de discussão e analise teórica porem, na realidade, tem teoria e ademais práxis revolucionaria porque executa ações concretas, coordenadas que resultam em acoes de governo através de grupos integrados por seus próprios membros que se mostram animados pelos últimos resultados eleitorais que possibilitaram a diversos partidos de esquerda ascender ao governo em diferentes países. (Nicarágua, Equador, etc.) Medardo González, conhecido como Comandante Milton Méndez, líder do salvadorenho "Frente Farabundo Martí para la Liberación Nacional" (FMLN), anfitrião do FSP, fez uma resenha dos últimos anos desde que, pela primeira vez, se celebrou o FSP, em 1990, em seguida a caída do Muro de Berlin, da implosão de da União Soviética, de crise cubana e da derrota eleitoral dos sandinistas. Nesse momento , "estábamos a la defensiva y el neoliberalismo, a la ofensiva.” Se dizia que era o fim da historia", disse a ex comandante guerrilheira Nidia Díaz, uma das principais líderes do FMLN. Acrescentou que aquela etapa foi superada: "Hoje a derrota do neoliberalismo é evidente, vários de nossos integrantes, como por exemplo Lula, Chávez, Evo Morales, estão no poder; em Cuba, a revolução sobreviveu e se fortaleceu e, ademais, os movimentos sociais, em geral, se fortaleceram". O líder do FMLN recordou que, em 1996, havia "resistências" para admitir a Chávez, porque era um militar golpista. Sem duvida hoje Chávez e um pilar fundamental, um motor principal da esquerda regional. González, elogiou a criação por parte de Cuba e Venezuela do projeto conhecido como "Alternativa Bolivariana para las Américas" (ALBA), que se contrapõem a ALCA. "Hoje,a ALBA está integrada por Cuba, Venezuela, Bolívia e Nicarágua. Se assegura que também aderira o Equador, devido as recentes tomada de posição de Rafael Correa. Menos de 24 horas depois de haver assumido a presidência da Nicarágua, Daniel Ortega deixou transparecer sua inclinação para unir-se com Fidel Castro, Chávez e Evo Morales na ALBA. Os principais testemunha dos fatos foram Chávez, Evo Morales e José Ramón Machado, vice presidente de Cuba. Laura Castillo, uma das principais figuras de da Juventude Sandinista de Nicarágua, afirma "este foro se celebra a poucas horas da tomada de posição de Ortega (presidente da Nicarágua) e da chegada da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) outra vez no Governo. Estamos contentes pelo projeto revolucionário que começou em 1979 e se interrompeu em 1990 sendo agora retomado. A ex guerrilheira guatemalteco, e atual deputada, Alba Maldonado também se expressa com otimismo, e estima que "melhorará " o panorama na Guatemala logo que se celebre as próximas eleições gerais, levando como candidato o indigenista Álvaro Colom, favorito segundo as pesquisas. Se produzindo a Victoria de Colom, o único país centro americano que seria governado por políticos que não são vistos como de esquerda seria El Salvador, que terá eleições gerais em 2009, e nas que o FMLN apresentará uma candidatura com "muitas probabilidades de êxito".
Documento de encerramento do FSP XIII: Aprofundar processos; políticas públicas e reformas estruturais, González explicou que o Foro aprovará um documento político que, em sua essência, assinala a necessidade de aprofundar os processos, más além da participação eleitoral, pondo em marcha pelos Governos de políticas públicas e reformas estruturais. "Não é que o socialismo seja uma alternativa mais para América Latina, senão que é a única alternativa, porque as outra são a pobreza", disse por sua parte o alcaide chavista de Caracas, Fredy Bernal. Miguel D´Escoto, sacerdote e chanceler da Nicarágua durante e primeiro governo sandinista, representante de Daniel Ortega, presidente de Nicarágua, disse que a caída dos regimes da Europa oriental golpeou profundamente a esquerda, porem já está superado o impacto. "Agora já não se só Fidel e Daniel (Ortega), como naquela época; Fidel tem hoje seus retornos principais em Hugo Chávez, Evo Morales, Lula...", disse D´Escoto.-

Fonte:
FLASHES Culturales - Dir. Resp.: Prof. Alexander Torres Mega.
Versão em português: José C Nascimento

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

O BLOCO DOS SUJOS

21.01, 18h01
por Adriana Vandoni

A julgar pelos discursos proferidos durante a Cúpula do Mercosul, realizada no Rio de Janeiro com a presença dos chefes de Estado sul-americanos, estamos avançando sim, como disse Lula. Estamos avançando a passos largos na mediocridade e, se permanecermos com essa velocidade, em breve consolidaremos a nossa irrelevância.

Organizaram um Foro Consultivo de Governadores e Prefeitos do Mercosul enquanto Chávez toma medidas para acabar justamente com esses poderes executivos na Venezuela, que poderiam lhe contrapor politicamente, em seu lugar pretende instalar conselhos comunais. Parece piada ... mas, voltando ao recém criado Foro que é mais uma inovação blenorrágica ideológica, uma espécie de preliminar da Cúpula, na abertura Lula disse que a integração entre os países da América do Sul é de extrema importância, mas que é preciso “aceitar o parceiro compreendendo suas assimetrias, sem tentar mudar”. Isso parece mais a manual de “como segurar seu casamento”. A quais assimetrias ele se referiu? Essa é sua especialidade: devagar e divagar.
Chavez não parou de falar na implantação de um novo socialismo, um socialismo do século 21 em toda América do Sul. Ele nutre o sonho de uma revolução Bolivariana com ações Peronistas. Declarou que vai nacionalizar os setores estratégicos, mesmo assim a Petrobras anuncia futuros investimentos na Venezuela. Controla os canais de informação e afirma que não vai renovar a concessão da rede de TV mais popular do país por ser crítica ao seu governo, mas o governo brasileiro continua afirmando que a Venezuela é um país democrático.
Em 1998 foi incluída no Mercosul uma cláusula democrática que prevê a saída do país que se afastar da democracia, mas na pauta das discussões estava a inclusão da Bolívia e do Equador, que tiveram como agenciador ninguém menos que Hugo Chavez, o bufão das Américas que vem assumindo uma liderança lancinante e que irá governar seu país com poderes irrestritos através de decreto, ou seja, anulou o parlamento. Sem parlamento para fiscalizar o executivo, e sem outros executivos, teremos o quê? Tcham ... tcham ... uma democracia, segundo nossas autoridades. Só rindo! Esses países vêm adotando posturas despóticas e centralizadoras. A inclusão deles além de infringir o regimento do Mercosul é um grande risco, pois prejudica qualquer acordo internacional ou atração de novos investimentos que o Brasil possa pretender. As diferenças extrapolam os hábitos, costumes, língua e moeda, são assimetrias políticas e, se o Brasil é uma democracia, a integração deveria estar inviabilizada.

O Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim me faz um discurso surreal. Falou que a Venezuela no bloco amplia a percepção de uma América do sul unificada e de grande importância geopolítica. Ou seja, Amorim não falou nada, só que com outras palavras. Aliás, este Ministro está me saindo mais desatinado que o esperado, ele acredita que a somatória das misérias e do atraso da América resultará em riqueza. Ora, imaginar que um punhado de países pobres e insignificantes poderá enfrentar potências econômicas como os Estado Unidos, a União Européia ou a Ásia, extrapola a ingenuidade, isso é desequilíbrio de uma diplomacia que virou piada.
Ah, outro tema que foi abordado foi a prevenção contra o turismo sexual e a exploração de adolescentes. Lindo, humanista e protetor de nossas jovens, mas enquanto os líderes discutiam o assunto, os jornais anunciavam com grande orgulho que Brasil é tão belo e próspero que não pára de atrair turistas. Desta vez descobriu um novo nicho, já foram vendidos mais de 700 pacotes para soldados norte-americanos que estão no Iraque. O interesse deles? Praia, sol, mulheres e muito sexo.

Portanto, esse encontro entre os líderes do Mercosul destruiu o sonho de formação de um sério e importante bloco comercial para se transformar em uma caricatura de bloco político. A formação de um bloco comercial seria um importante fator de negociação com os outros países, mas pela fala da Cúpula estamos a caminho da formação de um bloco dos sujos, grotesco e desmoralizado perante o mundo. Um bloco de paises irrelevantes.

Quer saber? A cópula da Cicarelli produziu mais efeito que a Cúpula do Mercosul.
Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. E-mail: avandoni@gmail.com

Publicado em www.diegocasagrande.com.br

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

O verdadeiros donos do BB




Os Verdadeiros donos do Banco que era do Brasil, não aparecem na propaganda.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Legislando em causa própria

Senhor Senador Sibá Machado.
Li hoje na seção holofote da Veja a sua mini-entrevista explicando as
razões de ter apresentado um projeto de lei que visa extinguir o vestibular nas universidades, substituindo-o por um sorteio onde prevalecerão não os conhecimentos dos candidatos a uma vaga na universidade, e sim, a sorte.
Não poderia deixar de parabenizá-lo por essa iniciativa, até porque o
senhor se superou com esse projeto. Aliás, os petistas sempre me estão
surpreendendo. Quando eu imagino que o estoque de imbecilidades, de
burrices, de idiotias, de má fé, de desonestidades, de falta de respeito
para com a sociedade brasileira acabaram, sempre aparece um petista se
superando e apresentando mais uma.
Ora veja só, senador, premiar a sorte ao invés do preparo intelectual
e emocional do candidato alegando que o vestibular "tortura o candidato" e
que estes "ficam nervosos durante as provas" e sob o pretexto de que "os
”alunos da classe média estudam em melhores escolas” é assinar triplamente um atestado de burrice.
Para seu conhecimento, devo esclarecer o seguinte:
a) Candidatos bem preparados não se sentem torturados diante das
provas do vestibular, e muito menos nervosos. Vão lá, fazem as provas com
tranqüilidade e autoconfiança e depois ficam aguardando os resultados.
Geralmente são aprovados;
b) Os filhos da classe média estudam em melhores escolas porque as
escolas públicas é a cara do governo, ou seja, não valem nada. Sendo
assim, azar dos pobres que não podem pagar uma escola de qualidade. Querer premiá-los por isto é apenas uma demonstração de estupidez;
c) Se o seu filho não passou no vestibular porque ficou nervoso, isto demonstra duas coisas: ficou nervoso porque não estava preparado mental e intelectualmente para enfrentar as provas do vestibular. Sendo assim, não merecia ser aprovado. O sucesso está reservado a quem está preparada para alcançá-lo e nunca premia os medíocres. Uma das coisas que mais chama a atenção na mentalidade de petistas como senhor é querer nivelar tudo por baixo. Esta é a mentalidade dos vira-latas, do complexo de inferioridade, do sentimento de inveja para com aqueles que subiram na vida por mérito. Na mentalidade petista, os fracassados merecem um lugar ao sol à custa dos esforços dos outros. Nada ilustra melhor essa faceta da mentalidade petista do que a maneira como o presidente Lula "governa" o país, ou seja, "governa" para o fracasso. Mas, justiça seja feita: o mal não é só dos petistas. Esta é uma doença generalizada dos políticos brasileiros, com honrosas e raras exceções.
É por isto, senador, que o Brasil é o maior exemplo de fracasso de uma
Nação que tinha tudo para dar certo, menos governantes preparados e capazes de
conduzir o povo ao sucesso.
Aproveito para desejar-lhe um feliz natal com o novo salário recém aumentado em 91%, à custa dos impostos escorchantes que somos obrigados a pagar, e da covardia do povo brasileiro. Sabe, senador, a maioria do povo brasileiro merece vocês e vice-versa.
São ambos canalhas.

Otacílio M. Guimarães

domingo, 14 de janeiro de 2007

INSEGURANÇA PÚBLICA

Insegurança Pública


Por Carlos Alberto Cordella

Em 2006, perto de 130 milhões de brasileiros foram às urnas para eleger seu candidato à presidência. Lula foi reeleito com 59 milhões de votos. Em torno de 67 milhões de brasileiros não votaram nele. Quando um presidente é reeleito, fica claro que seu mandato anterior foi satisfatório e por isso a sua confirmação nas urnas. Assim deveria ser, porém essa não é a realidade.
O processo eleitoral brasileiro impede a população brasileira de votar por opção, obrigando-a a votar por exclusão. Assim aconteceu e Lula foi reeleito. A oposição política a seu governo demonstrou-se incompetente, leviana e infiel, apoiando veladamente a sua candidatura, apesar de demonstrar o contrário. Já está provado que é mais vantajoso ser oposição do que situação. Muitos políticos vivem e enriquecem com essa prática. Estava em jogo mais do que o cargo de presidente da República. Estavam em jogo conflitos de vaidades e interesses pessoais que nada têm a ver com os anseios do povo.
Após quatro anos de orgia com o erário, abuso da propaganda surrealista sobre o que prometera fazer e não fez, e a triste e deprimente transformação do Congresso Nacional numa casa de tolerância plena, Lula ganhou o direito de governar por mais um mandato para consolidar aquilo que uma grande parcela da população não tem capacidade para entender, perceber ou discutir. Estamos vivendo um pesadelo, acreditando piamente que o país caminha a passos largos para um futuro promissor. Ledo engano!
Basta observarmos atentamente este início de mandato dos novos governadores para verificarmos que há uma discrepância entre a realidade e os pronunciamentos do presidente Lula.
Os Estados estão quebrados. A cada dia novos governadores vão tomando consciência da herança que receberam de seus antecessores e a constatação é caótica e desesperadora.
Nas prefeituras a corrupção é prática comum e perpetuada.
O paradoxo é que o governo federal é rico abastado.
O país está empobrecido, mas o governo federal é rico. Tão rico que se dá ao luxo de pagar “mensalões” e propiciar escoamentos milionários, por “propinodutos”, de verdadeiros rios de dinheiro, subtraídos dos cofres públicos e provenientes do bolso dos contribuintes.
Nada funciona no país com seriedade ou eficiência, exceto nos delirantes pronunciamentos do presidente Lula.
A saúde pública, à beira da perfeição nos discursos, agoniza numa UTI, sem equipamentos, medicamentos e incapaz de salvar um paciente com uma simples virose gripal. Hospitais são utilizados como albergues e têm mais funcionários do que pacientes.
A educação é uma lástima em todos os níveis, começando pela humilhante e degradante situação em que os professores vivem e desempenham sua profissão.
O sistema de transporte das grandes cidades é um lixo, dispendioso e ineficiente.
Como estão as obras de infra-estrutura? Basta chover alguns minutos para que cidades sejam alagadas e pontes e encostas de morros desabem, expondo a população a sofrimento e lamente a morte de entes queridos. Como se paga a perda de vidas humanas?
Enfim, chegamos à área da segurança pública. Isso, então, é uma piada de muito mau gosto. As cidades estão entregues ao crime organizado, apesar dos órgãos governamentais não aceitarem e não admitirem esta afirmação. O policial é manietado por um sistema criminal, que garante ao bandido todos os direitos possíveis e imagináveis. As polícias são viciadas na mesmice e no descaso, mal estruturadas e mal aparelhadas, além de corrompidas. O policial é mal pago e não recebe o devido preparo profissional para o cumprimento de suas tarefas. Morre mais gente nas cidades brasileiras, por obra da criminalidade, do que em Bagdá ou na Faixa de Gaza.
O que o governo federal faz? Cria a polêmica Força Nacional de Segurança, apregoada aos sete ventos por ser composta por 7 mil policiais, bombeiros, agentes civis e guardas florestais, todos “de elite”, subtraídos das corporações policiais dos 26 estados da federação.
A Força Nacional de Segurança seria a seleção brasileira do combate ao crime organizado.
Só há um pequeno problema: alguém já viu esse contingente de 7 mil super homens? Alguém sabe onde estão aquartelados? Alguém sabe dizer qual o tipo de armamento e equipamento esta força utiliza. Quem é seu comandante? Qual a composição de seu estado-maior para elaborar estudos de situação, levantar informações sobre o inimigo e expedição das possíveis ordens de operações para emprego dessa tropa tão adestrada? Quem coordena e como está montado seu apoio logístico, como transporte, alimentação, evacuação, recompletamento de pessoal, munição, uniformes, etc? Como serão coordenadas as comunicações entre seus homens e as outras forças envolvidas nas ações? Alguém já explicou isso ao presidente Lula e aos governadores? Quanto custará a manutenção dessa força? Será que esses recursos não seriam melhor aproveitados se repassados diretamente aos estados? Por que não investir mais na polícia federal? Será que precisamos de outra força militar? Por que tanto contingenciamento de recursos, sob a discutível alegação de aumento do superávit primário? A quem isso interessa, enquanto o país vai se degradando?
Desculpem minha descrença, mas não se junta, de uma hora para outra, uma força com 7 mil homens, oriundos de 26 diversas unidades da Federação, para compor uma seleção brasileira de combate ao crime. A propaganda enganosa de mostrar na televisão 200 homens em formatura militar não é garantia da solução do problema.
Mais uma vez uso de ceticismo, pois acredito piamente que essa tal Força Nacional de Segurança é uma balela como muitas outras criações desse governo Lula, que abusa do marketing, porém colhe resultados pífios.
Se bombeiros fossem aptos a combater a criminalidade, acredito que os governadores já os teriam empregado em reforço ao policiamento.
Reuniões com salas cheias e idéias ineficazes não mudarão o atual quadro existente.
Para se combater o crime organizado é preciso investimentos maciços e vontade para acabar com a corrupção hoje presente, não somente nas ruas, mas em todos os escalões governamentais e que apodrece e inviabiliza a independência os três poderes da República.
Parem de enganar o povo! Por quanto tempo os atuais governadores vão explorar essa situação para divulgar suas imagens e, com isso, levar algum dinheiro do governo federal?
Aguardemos para ver o que de prático resultará de tantas reuniões, acordos e convênios e não nos esqueçamos de fazer as contas do quanto se gastará e quais os resultados obtidos.
É bem provável que o prazo para emprego dessa força seja adiado, devido à proximidade do carnaval.
Proponho um recesso carnavalesco, pois, afinal, ninguém é de ferro.

Fonte: TERNUMA Regional Brasília
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quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

O COMEÇO DO COMEÇO

terça-feira, 9 de janeiro de 2007
José Reinaldo Tavares (*)
Quem José Sarney pensa que é?

Aos olhos de si próprio, um iluminado. Soberano a reinar sobre todos os maranhenses. Senhor de carreiras profissionais e destinos humanos. Elege e deselege políticos Transforma medíocres em homens brilhantes. Pela sua vontade – e só por ela - pessoas são honestas ou desonestas. Boas ou más. Dignas ou indignas. Investe sobre reputações, enlameia a honra alheia, invade lares espargindo seu ódio sobre famílias, desrespeitando mulheres e crianças. Acha que pode tudo.
É assim que o coronel Sarney pensa que José Sarney ainda é.
O que o cidadão José Sarney parece não saber é quem ele é hoje.
Um derrotado em sua própria terra. Para ter assento no Senado, foi socorrer-se do Amapá onde usa métodos pouco recomendáveis para conquistar o mandato que o povo daqui, por conhecê-lo bem, lhe negaria. Um velho "coronel" que viu sua oligarquia perversa ser derrotada nas urnas pela vontade do povo que mostrou não ter mais medo do "leão da Metro" .
Sou vítima da sandice e da ira do decadente Sarney. Do seu coronelismo arcaico, do seu ódio destruidor, dos seus delírios que hoje têm seus limites imperiais contidos pelos muros da mansão do Calhau e do enclave familiar acintoso da ilha de Curupu, onde sua família ostenta em mansões a riqueza que o poder lhes deu e que empobreceu nosso estado e nossa gente.
Quem Sarney pensa que é para investir contra a honra alheia? Por que não vem a público explicar como, na calada da noite, retirou seus milhões do Banco Santos, enquanto os pequenos depositantes viam suas economias de vidas inteiras indisponíveis? Ou, por que sua filha, Roseana, portava um despudorado cartão de crédito internacional, sem limites, com as suas despesas pagas pelo sr. Edemar Cid Ferreira que presidia aquela instituição? Também não explicou até hoje porque não foi visitar, na Casa de Detenção de São Paulo, o mesmo Edemar, festejado amigo e padrinho de casamento da sua filha Roseana.
Quando Sarney vive seu ocaso não se apercebe do ridículo em que transforma todo o seu passado. Apontou o seu dedo duro para mim e minha família sem lembrar-se de si nem dos dramas vividos no seio de sua. Não vou falar aqui de casamentos desfeitos e refeitos porque não pretendo descer ao mesmo nível do velho oligarca. Nem das razões por que isso aconteceu. Nem tão pouco vou falar dos seus périplos noturnos por Nova York, nem de outros problemas domésticos graves que o afligem. O "coronel", em mais um dos seus rugidos de leão desdentado, diz que tudo que fui devo a ele. Hoje, não enxerga mais em mim qualquer competência para assumir os cargos por que passei ao longo de minha vida pública. Ora, se assim é, ele foi um irresponsável que, como presidente da República, fez de um incompetente superintendente da Sudene e depois ministro. E, se fez isso, agiu de forma desonesta e leviana para com o povo brasileiro. Ou, se foi honesto, nomeou-me por ter reconhecido em mim as qualidades e aptidões necessárias para ocupar os cargos que ocupei.
O julgamento do coronel não me importa. Importa sim o julgamento do meu povo que nas urnas aprovou meu governo elegendo meu candidato e derrotando a filha dele.
Quem José Sarney pensa que é para vir falar de traição? Pensa que o povo esquece do seu gesto de apoio a Jango para, passadas poucas horas, transformar-se em serviçal da ditadura, apoiador do arbítrio, presidente do PDS? Pensa ele que o povo esqueceu quando, depois de ter servido e se servido da ditadura, mudar-se, serelepe e oportunisticamente, para o PMDB, partido que demonizava, olvidando seus Vade Retro serviçais de outros tempos?
Quem José Sarney pensa que é para vir falar de convênios com prefeituras quando promoveu a mais farta distribuição de concessões de canais de rádio e televisão em troca de um mandato de cinco anos que a Constituinte lhe queria negar? Esquece-se o "leão da Metro" que isso se deveu à sua insensibilidade, ao seu modo impiedoso de fazer política, perseguindo até o seu próprio Estado e sua gente mais pobre. Foi graças a ele que um empréstimo de US$ 30 milhões do Banco Mundial para combater a pobreza ficou adormecido em sua gaveta porque, dessa forma, imaginava que poderia me dobrar. Mas enganou-se. Com o apoio do povo, obriguei-o a desengavetar o empréstimo, que foi votado e aprovado, impingindo-lhe uma derrota humilhante.
Quem José Sarney pensa que é para taxar meu governo de corrupto? Logo ele que teve a honestidade do seu mandato presidencial contestada pela CNBB em carta pública dos bispos brasileiros e pela "CPI da Corrupção do Governo Sarney".
Nunca político algum teve tantas oportunidades quanto José Sarney de transformar o Maranhão num Estado desenvolvido, com um povo feliz por ter emprego, moradia digna, saúde de qualidade, educação para todos. Foi governador, presidente do partido da ditadura, presidente do Senado e presidente da República. Mas que fizeram ele e sua oligarquia? Transformaram o Maranhão no Estado mais atrasado dentre todas as unidades de federação. Deixaram 55 por cento da nossa população vivendo em condições subumanas - morando em casas de palha ou taipa -, Maranhão ostentando a vergonhosa posição de ter 83 dos 100 municípios mais pobres do Brasil. Semearam a desesperança, o que fez com que quase um milhão de pessoas emigrasse, nos anos 90, em busca de uma vida melhor. Abandonaram a educação, deixando 159 municípios sem escolas de segundo grau. Deixaram ainda a mortalidade infantil como uma das mais altas do país. Este é apenas um fragmento da enorme
tragédia que José Sarney e sua oligarquia perversa legaram ao Maranhão em seus 40 anos de domínio e exploração do povo humilde.
Um novo amanhã começou a brotar com a eleição de Jackson Lago. Um homem sério, independente, comprometido com as causas sociais e que dará seqüência a nossa luta contra o atraso e a pobreza. Graças a Deus, receberá um Estado já bem diferente daquele. Não somos mais os campeões da miséria nem do atraso. Os 83 municípios mais pobres foram reduzidos para 56. Construímos mais de 18 mil casas de alvenaria, com banheiros e água tratada.
Todos os 217 municípios do Estado agora têm escolas de segundo grau. Reduzimos a mortalidade infantil, a incidência de doenças, recuperamos a agricultura familiar, recriamos as casas do agricultor, a Emapa, incentivamos o campo a produzir safras recordes de grãos, levamos os campi da Uema para o interior, iniciamos a ponte sobre o rio Tocantins em Imperatriz, fizemos o maior número de assentamentos rurais, construímos o centro de convenções. Foram mais de mil obras só nos dois últimos anos do meu governo. E elas só foram possíveis depois que rompi Sarney e seu grupo.
Mas a maior de todas as conquistas, e da qual tenho muito orgulho, foi, pela vontade da maioria do nosso povo, libertar o Maranhão da pior oligarquia do Brasil. Ao contrário do que diz, Sarney será lembrado como o político que, apesar de todas as oportunidades que teve, usou suas mãos de forma generosa em benefício da sua família e em prejuízo dos mais necessitados.
O Lázaro de Melo ainda está vivo e tem endereço na suntuosa mansão do Calhau. Talvez o povo, um dia, lave o seu piso - este, sim - com sal grosso. O "leão da Metro" vai continuar rugindo nas páginas do seu jornal e na tela da sua TV. Ele não assusta mais. Agora, como o da Metro, já não tem mais dentes.

(*) José Reinaldo Tavares, ex-governador do Maranhão
Fonte http://www.claudiohumberto.com.br

segunda-feira, 8 de janeiro de 2007

VÍTIMAS DO TERRORISMO

Ternuma Regional Brasília


Em janeiro , reverenciamos a todos os que, em meses de janeiros passados, tombaram pela fúria política de terroristas. Os seus algozes, sob a mentira de combater uma ditadura militar, na verdade queriam implantar uma ditadura comunista em nosso país.
Cabe-nos lutar para que recebam isonomia no tratamento que os “arautos” dos direitos humanos dispensam aos seus assassinos, que hoje recebem pensões e indenizações do Estado contra o qual pegaram em armas.
A lembrança deles não nos motiva ao ódio e nem mesmo à contestação aos homens e agremiações alçados ao poder em decorrência de um processo político legítimo. Move-nos, verdadeiramente, o desejo de que a sociedade brasileira lhes faça justiça por terem perdido a vida no confronto do qual os seus verdugos, embora derrotados, exibem, na prática, os galardões de uma vitória bastarda, urdida por um revanchismo odioso.
A esses heróis o reconhecimento da Democracia e a garantia da nossa permanente vigilância, para que o sacrifício de suas vidas não tenha sido em vão.

10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima (Marinha Mercante - Rio Negro / AM)
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramono qual, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia 10/01/68.

07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida
(Dona de casa – Rio de Janeiro / RJ)
Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou a jovem Alzira, de apenas 18 anos de idade, uma vítima inocente que na ocasião transitava na rua.

11/01/69 – Edmundo Janot
(Lavrador – Rio de Janeiro / RJ)
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.

29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria
(Subinspetor de Polícia – BH/ MG)
29/01/69 – José Antunes Ferreira
(Guarda Civil – BH / MG)
O terrorista Pedro Paulo Bretas, “Kleber”, ao ser interrogado “entregou” um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo.
Imediatamente, uma equipe de segurança se dirigiu ao local e quando se anunciou como polícia, foi recebida por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar” ou “Miranda”, que, com 11 tiros, mataram o Subinspetor Cecildes Moreira da Silva , que deixou viúva Irene Godoy de Faria e oito filhos menores, e o Guarda Civil José Antunes Ferreira, ferindo, ainda, o Investigador José Reis de Oliveira.
Foram presos no interior do “aparelho” o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva os terroristas do Colina:
Afonso Celso Lana Leite, ”Ciro”;
Mauricio Vieira de Paiva, ”Carlos”;
Nilo Sérgio Menezes Macedo;
Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, “Pedro”;
Jorge Raimundo Nahas, “Clovis” ou “Ismael”;
Maria José de Carvalho Nahas, “Celia” ou “Marta”.
No interior do “ aparelho” foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.

17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino
(Sargento PM – São Paulo / SP)
Morto a tiros por terroristas.

07/01/71 – Marcelo Costa Tavares
(Estudante – 14 anos - MG)
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.
Participaram da ação: Newton Moraes, Aldo Sá Brito, Macos Nonato da Fonseca e Eduardo Antonio da Fonseca.

18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida
(sargento PM – São Paulo / SP)
Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um grupo terrorista roubava o seu carro.
Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Movimento de Libertação Nacional (Molipo).
As famílias dos assassinos João Carlos Cavalcante Reis e Lauriberto José Reyes foram indenizadas pela Lei nº 1.140/95.

20/01/72 – Sylas Bispo Feche
(Cabo PM São Paulo / SP)
O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda, quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi, covardemente, metralhado por eles. Foi travado um tiroteio entre a equipe e os dois terroristas que também morreram no local.
Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação Libertadora Nacional (ALN), são:
• Gelson Reicher “Marcos” que usava identidade falsa com o nome de Emiliano Sessa, era chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um médico.
• Alex Paula Xavier Pereira “Miguel”, que usava identidade falsa com o nome de João Maria de Freitas, fez curso de guerrilha em Cuba e praticou mais de quarenta atos terroristas, inclusive atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro.
• As famílias dos assassinos Gelson Reicher e Alex Paula Xavier Pereira foram indenizadas pela Lei nº 9.140/95.

25/01/72 – Elzo Ito
(Estudante – São Paulo / SP)
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares foi morto por terroristas quando roubavam seu carro.
Os mortos aqui relacionados não dão nomes a logradouros públicos, nem seus parentes receberam indenizações, mas os responsáveis diretos ou indiretos por suas mortes dão nome a escolas, ruas, estradas e suas famílias receberam vultosas indenizações, pagas com o nosso dinheiro.

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sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Viva o terrorismo! Abaixo o terrorismo!

Ternuma Regional Brasília

Produzido por Paulo Carvalho Espíndola, Cel. Reformado.


O segundo mandato de Luiz Ignácio Lula da Silva, logo no discurso de posse, iniciou-se sob o signo da falsidade.
Lula, em mais uma demonstração da sua verborragia demagógica, tragicomicamente resolveu rotular de terrorismo o que o crime organizado impôs ao Rio de Janeiro no apagar das luzes do ano de 2006.
Sérgio Cabral, ao mesmo tempo, ao ser empossado no governo dos fluminenses, classificou de caótica a situação de segurança do estado para o qual foi eleito governador e, logo, pediu ao seu aliado político, Lula, a intervenção da “Força de Segurança Nacional” e das Forças Armadas.
Neste recente caso do Rio de Janeiro, é óbvio que somente os “soldados” do crime organizado e os infelizes consumidores de drogas aplaudiram os atentados e demais ações dessa marginalia que se sobrepõe ao Estado por incúria deste e estimulada, mesmo que indiretamente, por uma “elite” drogada.
Armado o circo, Lula, antes de entrar no gozo de suas “merecidas” férias de verão, parece ter atendido ao pleito de Sérgio Cabral e prometeu “mão de ferro” contra os terroristas cariocas.
Triste memória do brasileiro e da imprensa nacional. A amnésia, mais uma vez, tomou conta de todos e aplausos ecoaram nos momentos de posse desses “insignes” e despudorados governantes.
Muitos poucos se recordam de alguns fatos ocorridos no finado ano de 2006.
Em primeiro lugar, o que aconteceu com Bruno Costa de Albuquerque Maranhão, invasor e depredador das dependências do Congresso Nacional, na liderança de sem-terra e sem-vergonhas? O que fez esse velho dirigente do, ao que parece, extinto Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), organização terrorista que intentou contra o Brasil, promovendo mortandade e ódio? Bruno Maranhão, amigo do presidente petista, está acima do bem e do mal, já que o rigor da lei não o alcança e foi convidado “vip” nas festividades da posse de Lula neste segundo mandato, em uma demonstração de escárnio à sociedade brasileira por parte do convidador e convidado.
O Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa paulista, antes do primeiro turno das eleições 2006 promoveu inúmeros atentados em São Paulo, em nível mais grave do que os ocorridos no Rio de Janeiro. Nisso havia fortes indícios de motivação política, uma vez que era crível uma manobra para o desgaste do candidato da oposição, Geraldo Alckmin, que acabara de deixar o governo de São Paulo. Lula, ao invés de vociferar contra o terrorismo dessa facção fora-da-lei, ao contrário, acusou o governo paulista de frouxidão no trato com bandidos, eximindo-se de culpa pela verdadeira malversação dos recursos federais, que deixaram de ser enviados aos estados para o combate à criminalidade e para a construção de presídios. Os sem-terra não deixaram de receber recursos do contribuinte...
Enquanto isso, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, notório advogado de delinqüentes e defensor da descriminalização do uso de drogas, propugnava o abrandamento da Lei de Execuções Penais, sob o manto dos direitos humanos, que, no Brasil, só existe para marginais. Thomaz Bastos, também, deu conseqüência à sua manifesta vocação de apaniguar terroristas, concedendo-lhes, por intermédio da Comissão de Anistia que lhe é subordinada, régias pensões e vultosas indenizações como prêmio por terem incendiado e ensangüentado o Brasil nos idos da luta armada.
Lula não se cansa de vestir bonés de terroristas e de dialogar com outros bandidos como José Rainha, João Pedro Stédile e com todos aqueles responsáveis por atos criminosos dos quais ele “não tem conhecimento, nunca viu e nem ouviu falar”.
Lula não consegue esconder de ninguém o seu apego a ditadores sangrentos e a movimentos guerrilheiros que se utilizam do narcoterrorismo. Sua política externa impede que o Brasil reconheça como organização terrorista as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. Afinal, as FARC são suas parceiras no Foro de São Paulo. Dane-se a Colômbia e a Democracia.
Sem sombra de dúvida, Lula decretará luto oficial na iminente morte de Fidel Castro, seu ídolo e senhor, sob os aplausos de Hugo Chavez, o aprendiz de feiticeiro à moda castrista. A Bandeira do Brasil virará pano de fundo, a meio pau, desses internacionalistas do dinheiro público.
Por tudo isso, estranho o assombro de Lula ao que aconteceu no Rio de Janeiro. A bravata pela segurança pública não passa de discurso de palanque, sem nenhum compromisso por medidas efetivas de aplicação da Lei. No Brasil, nos últimos vinte anos, aplicar a ação do Estado na manutenção da lei e da ordem é considerada “coisa da ditadura” e, por isso, inexeqüíveis pelos governos que se sucederam desde 1985.
Enquanto os governantes “democráticos” discutem se devem ou não atuar na repressão ao crime - coisa para a qual não têm o menor apetite - ônibus são incendiados, inocentes são assassinados e policiais são apartados de suas famílias, por morrerem de modo violento.
Segurança Pública não é problema dessa canhestra “força de segurança” e, muito menos, das Forças Armadas. É problema do Estado brasileiro, desde que os detentores do poder revelem vergonha nas suas caras e gana política para resolver.
É só ter a mesma gana que têm em ganhar dinheiro por meio da corrupção. Coisa que alguém não viu, não sabe e nem acredita que exista...

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segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

MAIS QUATRO ANOS - SOCORRO

( Danuza Leão, colunista da Folha)

Quando foi eleito pela primeira vez, Lula encheu de esperanças os corações da maioria dos brasileiros (os mais ingênuos). Foi bonito um torneiro mecânico chegar à Presidência pelo voto direto. Lula tem grande facilidade para discursar de improviso e diante de uma fábrica poucos falam melhor do que ele. Mas para ser presidente o buraco é mais embaixo, e com a mesma facilidade Lula é capaz de dizer grandes besteiras, como, aliás, tem dito.Não dá para compreender como um presidente, após tantos escândalos surgidos dentro do próprio Palácio do Planalto, consegue ter a aprovação popular que tem Lula. Mas é elementar: quem recebe R$ 50 por mês do Bolsa Família deve se achar abençoado por Deus, e no interior do Nordeste, onde não há trabalho mesmo, R$ 50 dá para comprar um saquinho de farinha e um pedacinho de carne-de-sol para botar no feijão -melhor do que nada. E dá-lhe Lula mais quatro anos. Mas o mal que ele está causando ao país é tão grande que ainda nem dá para avaliar. Todos os seus auxiliares e amigos mais próximos foram indo embora -por vontade própria ou por terem se metido em algum escândalo, mas ele nunca soube de nada.

E o PT ficou tão só que seu maior aliado é o PMDB.


Lembra o dia da posse, quando milhares de pessoas se emocionaram com a chegada de Lula à Presidência? Era um novo tempo, um tempo de fraternidade, em que o Brasil iria, enfim se transformar num país justo. Deu no que deu, logo com o partido que era o proprietário único da ética e da verdade. Lula é quem diria muito vaidoso e gostaria de se tornar um líder mundial. Mas é também -quem diria, de novo- indeciso, covarde, enfrenta mal os fracassos e tem uma tendência autoritária. Vide o caso do correspondente americano Larry Rohter, que, por ter escrito o que todo mundo estava cansado de saber -que Lula exagera na bebida-, quase foi expulso do país, e da tentativa de criar um conselho para "disciplinar" os jornalistas. Fala sério.

No início do governo, o casal queria passar a impressão de que não haveria gastança. Nos jantares que ofereciam, os homens chegavam com uma garrafa de bebida, e as mulheres, com um pratinho de alguma coisa. Durou pouco, e logo liberou geral. Começaram as farras no Alvorada, com amigos dos filhos sendo levados pela FAB para o fim de semana, e chegou à compra do avião. Nem o presidente Chirac nem o papa têm um. Quando têm uma viagem oficial, alugam. Mas Lula precisava, até porque viajar é a coisa de que ele mais gosta, e quem nunca comeu melado quando come se lambuza.

Agora, reeleito, ele não tem quem o aconselhe; pede para Gil ficar, consegue que o ministro da Justiça fique mais um mês, mas decidir, mesmo, não decide nada. E ainda tem d. Marisa, que não larga do pé. Pinta os cabelos cor de mel, bota uma estrela vermelha nos jardins do Alvorada, e ainda inventa aquele ridículo maiô branco com uma estrela vermelha na barriga. Ao menos já se sabe sua função no governo: controlar quanto ele pode beber.

Estamos mal, mas não vamos perder a esperança: as coisas podem piorar. Já pensou se ele inventa uma lei, imitando o Chávez, pela qual ele possa ser reeleito indefinidamente?