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segunda-feira, 30 de abril de 2007

Cássio Taniguchi - na mafia da INFRAERO de Lula

Leia a reportagem e a entrevista de IstoÉ

A empresária paranaense Silvia Pfeiffer, 47 anos, diz que foi expulsa de sua própria empresa, a Aeromídia, assim que levou para lá, como sócio, o então secretário de Desenvolvimento Urbano de Curitiba Carlos Alberto Carvalho, em 2003. Ele tinha relações com o prefeito Cássio Taniguchi (DEM), hoje secretário de Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal, e passou a controlar toda a contabilidade da Aeromídia. A partir daí, segundo Silvia, uma “verdadeira máfia” começou a utilizar a empresa como fachada para desviar dinheiro público para fins privados. Entre esses negócios, polpudos contratos com a Infraero, que ultrapassaram os interesses iniciais de Cássio Taniguchi e permaneceram com o governo Lula.Conhecedora dos caminhos dessas fraudes, Sílvia é hoje uma importante testemunha para quem estiver efetivamente interessado em saber como a estatal que administra os aeroportos brasileiros alimenta milionários dutos de corrupção, alguns deles já detectados pelo Tribunal de Contas da União. Em mais de dez horas de entrevista, Silvia detalha como tal esquema se espalhou e criou tentáculos para promover lavagem de dinheiro, caixa 2 de campanhas políticas e propinas às autoridades. Na quarta-feira 18, depois de ter concedido entrevista a ISTOÉ, Silvia recebeu ameaças de morte e alguns pedidos para que nada mais falasse e para que negasse o que já havia dito.Boa parte do que ela sabe já foi escrito e entregue à Polícia Federal em outubro de 2005, mas ela jamais foi chamada para um depoimento formal. Ou seja, apesar da gravidade, tudo indica que suas denúncias ficaram engavetadas, embora parte do que ela diz seja comprovada por documentos como depósitos bancários.


ISTOÉ – Por que só agora a sra. Decidiu tornar público tudo o que sabe sobre corrupção na Infraero?
Silvia – Eu não estou fazendo isso agora. Em 2005 entreguei uma notícia-crime à Polícia Federal, mas, depois, ninguém me procurou para falar sobre isso.
ISTOÉ – Como é desviado o dinheiro da Infraero?
Silvia – A chave inicial do esquema é o superfaturamento das obras, que o TCU mesmo já disse que chega a 375% do valor. São números absurdamente altos. Essas obras eram todas negociadas.
ISTOÉ – Por quem?
Silvia – Os empresários que tinham contratos com a Infraero repassavam dinheiro para Carlos Wilson, que era o presidente da empresa, e para diretores, como a Eleuza Therezinha Lopes, o Eurico José Bernardo Loyo e o Fernando Brendaglia. E também para políticos que faziam todo o meio de campo. Ia dinheiro para a campanha do Carlos Wilson e não tenho dúvida que dali também saiu dinheiro para a campanha de reeleição do presidente Lula.
ISTOÉ – Como provar isso?
Silvia – Basta quebrar o sigilo das empreiteiras, dos diretores da Infraero, dos superintendentes. A Aeromídia mesmo fez depósitos para alguns diretores.
ISTOÉ – Alguns nomes de diretores que a sra. Menciona já apareceram em outras denúncias contra a Infraero, como Eleuza Therezinha, mas permanecem em seus cargos.
Silvia – Ela é da equipe do Lula, do Carlos Wilson. Essa aí, acho que vai ser meio complicado. O Mário Ururahy, que recebia mensalão da Aeromídia no Paraná, hoje é assessor da Eleuza.
ISTOÉ – Como era pago esse mensalão?
Silvia – Os valores variavam entre R$ 5 mil e R$ 20 mil. Havia também presentes: carros, festas, jantares.
ISTOÉ – Outros diretores da Infraero também recebiam mesada?
Silvia – Luiz Gustavo Schild, diretor de Logística e Carga. Ele foi superintendente na sede. Conduzia as negociações para as lojas Duty Free. Depois, foi afastado, transferido para superintendente de Cargas, porque estava para explodir todo este bafafá da Brasif.
ISTOÉ – Que bafafá?
Silvia – A Brasif ganhava todas as concorrências para os free shops nos aeroportos.
ISTOÉ – O que há de concreto nessa denúncia que a sra. faz de que o presidente Lula possa ter sido beneficiado nesse esquema?
Silvia – A proposta que me fez certa vez um dos maiores amigos de Lula, o empresário Valter Sâmara.
ISTOÉ – Que proposta?
Silvia – Encontrei Valter Sâmara em um vôo de Curitiba para Brasília, em 2004. Nesse vôo, ele insistiu que eu fosse falar com a secretária de Lula, Mônica, no Palácio do Planalto. Ele me falou que qualquer coisa que eu quisesse na Infraero a Mônica seria capaz de resolver para mim. E que ela, então, receberia 10% de comissão para o partido, o PT.
ISTOÉ – Ele disse que o dinheiro seria para a campanha do Lula?
Silvia – Não ficou claro. Disse que era para o PT.
ISTOÉ – E a sra. Chegou a procurar Mônica?
Silvia – Não. Eu não fui. Apesar da grande insistência dele. Ele me procurou no hotel várias vezes. Em um dia só, ele ligou várias vezes no hotel para que eu fosse lá.
ISTOÉ – Esse foi o único encontro que a sra. teve com Valter Sâmara?
Silvia – Houve uma outra vez, em que ele foi a Brasília almoçar com Lula, dona Marisa e uns chineses que estavam no Brasil, fazendo negociações com o governo federal. O Sâmara está sempre em Brasília. Ele inclusive comprou uma chácara em Goiás para encontros políticos. Se não me engano, tem até pista de pouso.
ISTOÉ – Como é que a sua empresa se envolveu com esse esquema?
Silvia – No início, quando Carlos Alberto Carvalho me procurou pela primeira vez, era para fazer arrecadação de dinheiro para a campanha de reeleição de Cássio Taniguchi para prefeito de Curitiba. Às vezes em dólar. Os políticos do Paraná, ligados a Taniguchi, reuniam-se freqüentemente na Aeromídia para discutir a formação desse caixa 2. O que eu nunca entendi bem era por que, já naquela ocasião, o Padre Roque (deputado do PT do Paraná) aparecia nas reuniões.
ISTOÉ – O que se discutia nessas reuniões?
Silvia – Eles instruíam como as pessoas deveriam se comportar na polícia, se alguma coisa acontecesse. Um dia, chegou a aparecer na empresa uma mala grande de dinheiro. Parte de US$ 7 milhões.
ISTOÉ – Esse esquema continua ativo?
Silvia – Com certeza está vivo. O homem do Cássio hoje na prefeitura é o Beto Richa. Um dos homens dele, o advogado Domingos Caporrino, me ligou hoje me mandando calar a boca.
ISTOÉ – O que a sra. denuncia começou com o Taniguchi e permanece até hoje. Que outros nomes estão envolvidos?
Silvia – Com certeza o Marcos Valério e o José Dirceu.
ISTOÉ – Qual seria o envolvimento de Dirceu?
Silvia – Ele tem contatos com o diretor comercial da Infraero, Fernando Brendaglia. Quando Dirceu esteve em Portugal naquelas negociações com a Portugal Telecom, Brendaglia estava com ele. E Emerson Palmieri, que estava em Portugal com Dirceu, também tem contatos no esquema da Infraero. Ele seria mesmo uma espécie de link entre Brendaglia, Dirceu, Marcos Valério e Cássio Taniguchi. Emerson Palmieri esteve várias vezes nas reuniões na Aeromídia.
ISTOÉ – Em troca do pagamento desse mensalão, o que ganhou a Aeromídia?
Silvia – Contratos nos aeroportos. Muitas vezes irregulares. Um dos contratos envolve o Duda Mendonça. Um contrato que não poderia acontecer. O pessoal do aeroporto de Brasília me respondeu que era impossível eu fazer publicidade naquela área. No entanto, foi feito sem licitação.
ISTOÉ – E qual era o envolvimento de Duda Mendonça?
Silvia – Eu veiculava um anúncio que era feito pela agência dele. A questão do Duda ali é que ele não roubava essas migalhas. O contrato era a desculpa para que a agência dele fosse contratada para fazer o anúncio. O que ele pegava em dinheiro grosso mesmo vinha da Brasil Telecom, a anunciante.
ISTOÉ – E a sua participação, qual era?
Silvia – Eu negociava com a Zilmar Fernandes (sócia de Duda Mendonça). Esse contrato é ilegal com a Infraero. O Fernando Brendaglia é quem autorizou a colocação da publicidade antes de ter o contrato.
ISTOÉ – A Zilmar tinha consciência de que era contrato irregular?
Silvia – Tinha. Quando houve um problema num contrato anterior, que foi fechado, nos fingers de 1 a 7, chegou a haver uma ordem para arrancar todos os adesivos que já estavam colocados. Foi quando a Zilmar entrou. Fizeram alguns acertos e os adesivos continuaram. Um contrato de três anos, sem licitação. Um contrato que ele entrou no aeroporto antes mesmo de sair em Diário Oficial da União, antes de assinar o contrato. Deu um rolo, os concorrentes reclamaram. O Brendaglia chegou a chamar uma dessas empresas que protestavam: “Fique quieta, vou te dar outro espaço, mas deixa esse contrato aqui, não mexe com isso não.
ISTOÉ – Além da Aeromídia, que empresas fecham contratos irregulares com a Infraero?
Silvia – Todas. Absolutamente todas. Kallas, Codemp, Via Mais. A SF3, que, na verdade, é do Brendaglia. E do Carlos Wilson. Porque eles são sócios em tudo, até em uma fazenda de frutas em Petrolina. Frutas para exportação. Há um contrato que envolve a empresa de um filho de Reinhold Stephanes.
ISTOÉ – O ministro da Agricultura?
Silvia – Esse. Me tiraram da jogada. Era um contrato enrolado. Um contrato no Rio, para um consórcio, Ductor, do qual participava a Cembra, empresa de Marcelo Stephanes, filho do ministro.
ISTOÉ – O TCU tem encontrado irregularidades também nas obras de ampliação dos aeroportos.
Silvia – É verdade. Tudo é superfaturado. A Odebrecht, por exemplo, no aeroporto de Recife. A Andrade Gutierrez no aeroporto de Curitiba, OAS no aeroporto de Salvador. Uma empresa de São Paulo ganhou a obra de Brasília e furou o esquema. Eles então trataram de tirar a empresa da obra. A corrupção ali é muito grande. A Infraero investiu mais de R$ 3,2 bilhões em obras. Se quebrar o sigilo bancário dos diretores da Infraero, dos superintendentes, na engenharia, que cuida das obras, se encontrará um absurdo.
ISTOÉ – Como a sra. pode dizer isso com tanta convicção?
Silvia – Eu vi tudo isso por dentro. Eu presenciei uma reunião com a construtora DM aqui em Curitiba. Um arquiteto chamado Ricardo Amaral vendeu por R$ 200 mil um projeto para cada empreiteira. Ele entregou antecipado o projeto, para construir o edifício-garagem do aeroporto, cobrou R$ 200 mil e não saiu a obra. A Eleuza sabia disso. A Eleuza esteve dentro do escritório dele, em reunião com os grandes empreiteiros. OAS, Odebrecht, CR Almeida e Andrade Gutierrez.
ISTOÉ –
O novo presidente da Infraero, o brigadeiro José Carlos Pereira, há algum envolvimento dele com esses casos de corrupção?
SILVIA – Não. Mas ele não consegue demitir os diretores porque o esquema montado no passado permanece rendendo muito.
ISTOÉ –
No Paraná, dizem que a sra. possui dois CPFs.
SILVIA – Depois de ter feito a denúncia na PF, minha bolsa e meus documentos sumiram misteriosamente. Posteriormente, soube que emitiram CPFs em meu nome. Mesmo que tentem me desqualificar, vou levar minhas denúncias até o fim.

Traição

Segunda-feira, Abril 30, 2007
Alerta Total .
Por Jorge Serrão.
Os comandantes de unidades militares do Exército são obrigados a olhar com tristeza contida, diariamente, para o retrato colorido do presidente Lula da Silva, pendurado na parede dos gabinetes de comando nos quartéis. Os oficiais se sentem incomodados, em seu ambiente de trabalho, com a ironia do sorriso giocondesco do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas.
A imagem sorridente ficou mais cruel depois que o Comandante Lula ordenou um corte abrupto de 25 a 38% no orçamento do Exército para este ano.O Exército ficou sem dinheiro até para garantir a simples alimentação diária da tropa. O Conselho Superior de Economia e Finanças do Exército não tem como fazer mágica diante da falta de dinheiro para as despesas de custeio. Apesar da situação de penúria – forçada pelo governo que esbanja dinheiro em publicidade, mas desinveste, criminosamente, nas Forças Armadas -, a ordem dada pelo Alto Comando do Exército aos seus subordinados é que “tudo deve funcionar normalmente”.Como? Nem Freud explica. Muito menos o Comandante-em-Chefe Lula da Silva. A sorte dele é que as “legiões” não se revoltam abertamente. A gravidade de tal situação contra uma instituição nacional permanente conduz a algumas indesejáveis indagações. Até que ponto a tesourada presidencial, que atinge indefensavelmente todo o Ministério da Defesa, não representa um crime de responsabilidade, na medida em que o governo inviabiliza o cumprimento do artigo 142 da Constituição Federal? Outras perguntas não querem calar no seio das “legiões”. Quem deve ser responsabilizado pelas conseqüências do corte orçamentário: o Comandante Lula ou os chefes militares? Quem está traindo a pátria: o promotor da “tesourada” ou os militares coniventes ou lenientes com tal irregularidade? Ou a traição vem de ambas as partes? Eis as questões objetivamente colocadas para serem respondidas por quem de direito. O mais triste e grave é que a resposta pode brotar do silêncio. Ainda bem, como diria Machado de Assis, que “há coisas que melhor se dizem calando”. O título deste filme, que já cansamos de ver será: "O Silêncio dos Culpados".A situação é de penúria nas divisões, brigadas e organizações militares. A tesourada orçamentária do Comandante Lula praticamente inviabiliza, na prática, o funcionamento normal dos quartéis. Onde já se viu um Exército que cumpre a missão constitucional de defender a pátria, fazendo isto apenas em “meio expediente”? Aqui no Brasil é assim. As atividades logísticas de suprimento, manutenção, transporte e alimentação são as mais afetadas pelo corte de verba. Do jeito que a situação está, não demora, o Comandante Lula terá a brilhante idéia de lançar um programa Fome Zero para o Exército. Por ironia, até o bem treinado “exército” do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que recentemente até invadiu terras do próprio Exército (e ninguém foi preso, como manda o Código Penal Militar), consegue se manter logisticamente, 24 horas mobilizado, graças às cestas básicas e outros programas assistenciais que recebe, generosamente, do governo do companheiro e Comandante Lula. Daqui a pouco, só falta os militares promoverem um motim ou uma greve, reivindicando isonomia com seus “colegas” do MST.Melhor sorte que o Exército brasileiro terá o ex-guerrilheiro e atual Bolcheviquepropagandaminister Franklin Martins. O ilustre jornalista comanda os destinos das obesas verbas de publicidade e propaganda da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto. Não terá problemas de falta de verbas o ex-revolucionário que, em 4 de setembro de 1969, participou do seqüestro do embaixador norte-americano Charles Burke Elbrick. Aliás, o governo Lula seqüestra recursos de outras áreas prioritárias de governo, como as Forças Armadas (nada amadas pelos petistas), para aplicar em outras áreas, como o “mensalão” pago regiamente à nossa “mídia amestrada”, cada vez mais carente de verbas e benesses oficiais. Só em 2006, o governo do Comandante Lula torrou R$ 1.015.773.838 em publicidade oficial. O valor bilionário, em pleno ano eleitoral, foi recorde na história do Brasil. O ministro Franklin Martins argumentou que os números da publicidade "refletem uma presença forte das estatais, pois elas estão entre as maiores do Brasil e precisam competir no mercado". Apenas por comparação, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso gastou R$ 953,7 milhões em propaganda no ano de 2001. A Secom corrigiu este valor pelo IGPM, da Fundação Getulio Vargas.Resumo da Ópera “Brazil”, um espetáculo repleto de traições, sob a batuta do Comandante Lula:“Aos amigos e aliados da mídia amestrada, tudo. Aos militares, que têm o dever constitucional de defender a pátria, nem a Lei Orçamentária”.Cabe, agora, apenas perguntar quem são os traidores reais dessa história toda. Responda quem tiver coragem ou um mínimo de vergonha na consciência.

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A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça

A Vanguarda Popular Revolucionária ( VPR), do Rio Grande do Sul, desejava realizar uma ação que lhe destacasse perante o Comando Nacional da Organização . Era necessário, para isso uma ação de impacto nacional e internacional. Nada melhor que o seqüestro de um diplomata. A experiência com o embaixador americano servia como exemplo.Esperavam que um cônsul fosse um alvo mais fácil que um embaixador e deduziram que a ação seria menos arriscada. O alvo escolhido foi o cônsul dos Estados Unidos em Porto Alegre, Curtis Carly Cutter(...)
No dia 4 de abril de 1970, partiram para o seqüestro do cônsul. No comando da ação, Félix Rosa Neto e, como motorista, Irgeu João Menegon. No mesmo carro iam Fernando Damatta Pimentel (Jorge) e Gregório Mendonça (Fumaça). No carro de cobertura estavam Antônio Carlos Araújo Chagas(Augusto), Luiz Carlos Dametto e, como motorista, Reinholdo Amadeo Klement. Todos com revólveres, além de duas metralhadoras INA e granadas.
Pela manhã, quando o cônsul saiu de sua residência, partiram para o ataque. O diplomata, seguido pelos sete terroristas, foi salvo pelo excesso de tráfego que impediu o emparelhamento com o seu veículo(...).
Não podiam desistir, ainda mais depois de terem comunicado ao CN e Juarez de Brito ter se empenhado na redação do comunicado. Era necessário insistir. A ação era importante. Portanto, à noite, estavam novamente a postos.Agora era vida ou morte.
A sorte estava com eles. Por volta das 20 horas, o alvo saiu com sua esposa para visitar amigos. Ficou na casa até as 22h30 e saiu acompanhado, além da esposa, por um amigo. Os seqüestradores estavam à espreita. Começaram a seguir o cônsul. O horário era o ideal; pouca gente na rua, pouco tráfego. Porque não pensaram logo em fazer a ação à noite?
Logo depois da Rua Ramiro Barcelos, Curtis, que ia em baixa velocidade, foi ultrapassado pelo Fusca de Irgeu, que imediatamente, o fechou ocorrendo uma pequena batida. Félix, Fernando e Gregório desceram cercando a caminhonete. O cônsul, forte e decidido, vendo as armas, não pensou duas vezes: acelerou sua possante Plymonth, atropelando o pequeno Volks e, de quebra, Fernando. Felix, por trás, atirou com sua pistola.45, quebrando os vidros e ferindo Curtis que, em ziguezague, seguiu à toda velocidade, conseguindo escapar."
A Verdade Sufocada - 2ª edição - 20-08-2006.
Apesar da pouca idade, Fernando Damata Pimentel ( Jorge), 19 anos, já tinha experiência na guerrilha urbana. Um mês antes, comandara o assalto (ou melhor, "expropriação", como preferiam as organizações de esquerda que fizeram a luta armada) a um carro-forte do Banco do Brasil, para financiar a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Dessa vez, contudo, Fernando Damata Pimentel não se deu bem. Mais tarde, preso, amargou anos de cadeia Libertado, optou pelo caminho da política institucional. Hoje é prefeito de Belo Horizonte pelo PT. Aliás, se deu bem, como quase todos os ex-subversivos, assaltantes de bancos, seqüestradores, terroristas, etc.
Leia mais detalhes em A Verdade Sufocada- A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça
Visite nosso site http://www.averdadesufocada.com/

domingo, 29 de abril de 2007

TIRO NO PÉ

Publicada em: 25/04/2007


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Bristol (EUA) – Enquanto a plebe rude na cidade dorme, os cientistas continuam fornecendo mais informações sobre o futuro que aguarda a humanidade se providências não forem tomadas em caráter urgente para o combate ao aquecimento global. Agora os militares também comparecem, com onze generais e almirantes reformados dos Estados Unidos publicando um relatório sobre as graves conseqüências para a segurança do país que ocorrerão com a mudança do clima. Eles enviaram suas conclusões à Casa Branca, atualmente ocupada por um cidadão despreocupado com o problema. A má notícia é que George W. Bush ainda tem 21 meses de governo pela frente. A boa notícia é que sai daqui a 21 meses e não há hipótese de que venha a ser substituído por alguém tão disposto quanto ele a ignorar a gravidade da matéria. Todos os candidatos às primárias americanas, tanto do Partido Democrata quanto do Partido Republicano, já se manifestaram em favor de combater o aquecimento global. Alguns, como o senador John McCain, têm até propostas no Congresso a respeito. Estranha em tudo isto é a posição do governo brasileiro, que outro dia se juntou aos Estados Unidos, à China, à Rússia, à Índia e aos países árabes produtores de petróleo para dizer que o Conselho de Segurança da ONU não é o lugar indicado para se discutir o problema. A resolução para tanto havia sido apresentada pelo Reino Unido. Vejam a companhia em que nos colocamos. A postura dos Estados Unidos é conhecida há muito tempo, na administração Bush. A tática do governo americano é a de continuar a emitir tudo o que pode em matéria de dióxido de carbono sob o pretexto de que a China se recusa a enfrentar o problema. A tática chinesa é a mesma, mas do lado oposto: não faz nada porque os Estados Unidos não fazem nada. Os dois são os maiores emissores de dióxido de carbono. A China, que vem construindo uma termelétrica a carvão (a pior espécie) por semana, em breve ultrapassará os Estados Unidos em números totais, embora em emissão per capita vá continuar atrás. A Índia também vem acelerando suas emissões. Os países ameaçados são exatamente aqueles dos quais o Brasil, com uma ainda modesta emissão de carbono, com a riqueza de sua floresta amazônica, de seus recursos hídricos, de sua produção de etanol, poderia facilmente assumir a liderança. São os países pobres do Terceiro Mundo, onde a escalada de uma temperatura já elevada decretará a incapacidade produtiva de áreas no momento úteis para a agricultura, inundará regiões litorâneas, agravará a incidência de doenças tropicais, forçará o aumento de migrações.
Mas ao invés de ajudar as vítimas, estamos nos aliando aos delinqüentes.

Jose Inácio Werneck. jornalista e escritor internacional.



ESTIGMA DO RESSENTIMENTO MACULA, DE SAÍDA, O PLANO EDUCACIONAL

26.04, 13h23
por Aluízio Amorim.

O Plano de Desenvolvimento da Educação alardeado pelo governo já começou mal na solenidade de seu lançamento. Desta vez o discurso não foi improvisado por Lula. A frase original e lapidar foi urdida por um ghost writer, alguém da estatura intelectual de uma ameba. “Este é o século da elite do saber, e não apenas da elite do berço e sobrenome”, avisou Lula empostando a voz.
Num dia Lula fala em “distensão política”, no outro cai de pau, como não poderia deixar de ser, nas “elites deste país”, prega a luta de classes, estimula o racismo e destila um avassalador ressentimento. Entretanto, é preciso entender o que são “elites” para Lula e seus sequazes. Banqueiros e tubarões da indústria não se incluem neste conceito. Lula, como ventríloquo dos marxistas de orelha do PT, faz ressoar o ódio à classe média que, no final das contas, é quem arca com o custo da empreitada petista. No próximo dia 30 terá que correr aos bancos para pagar a primeira “prestação” do imposto de renda que lhe é tungado pelo governo.Lula e o PT cospem na classe média, mas dela tiram o sustento para esse plano da educação, para a bolsa família, para os agradáveis passeios a bordo do aerolula e para a manutenção de não sei quantos ministérios e secretarias para acolher o que chamam de “base aliada”.Ora, não será nunca com ressentimento, ódio, violência, luta de classes e racismo que se resolverá o problema da educação no Brasil. Não será também - repito – com o aniquilamento da classe média. Nenhum país desenvolvido no mundo cometeu este desatino de esfacelar a classe média. Pelo contrário. O desenvolvimento de uma Nação se mede pelo tamanho de sua classe média e não pelo de uma legião de botocudos que preferem permanecer desempregados para perceber uma esmola do Estado.Isto que alinhei indica que o Plano de Desenvolvimento da Educação não logrará qualquer resultado. Ademais, há um inequívoco componente de ordem cultural e genética na formação do povo brasileiro que o impele à indolência e a uma inclinação irresistível de receber algum tipo de benesse governamental. A ética da malandragem se sobrepõe à ética do trabalho. São estes os valores que balizam a ação e a relação social da sociedade brasileira.Além disso, um verdadeiro plano educacional não pode descurar de outros aspectos que se vinculam, por exemplo, à ordem, à moralidade, a persecução da boa ética e o respeito à lei. Estes são valores imprescindíveis para a criação de um ambiente adequado ao desenvolvimento que, obrigatoriamente, se refletem no âmbito da educação. Ou seria por acaso válida interpretação politicamente correta das causas da violência e da evasão escolar, do vandalismo contra as escolas, uma decorrência da exclusão social?De nada adiantará um conjunto de boas intenções e nem mesmo a alocação dos recursos necessários para um plano desta natureza enquanto o Brasil tiver no governo um presidente e um partido que orientam as suas ações a partir de uma máfia sindical de um lado e, de outro, por um punhado de “intelectuais” mentalmente voltados para os albores do século passado.Enquanto o Brasil for governado por um presidente e um partido de ressentidos, amargurados e rancorosos, que elegem a vindita como plataforma de governo, que desprezam as instituições democráticas, que mentem e enganam, não haverá nenhum plano que faça o País crescer e, muito menos, produzir uma elite de saber.


http://oquepensaaluizio.zip.net

quarta-feira, 25 de abril de 2007

PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR

Por Aluisio Madruga de Moura e Souza

Tenho me perguntado sobre quais seriam as reais razões da insistência das esquerdas em continuar buscando desmoralizar as Forças Armadas, em particular, por meio de mentiras as mais diversas possíveis tais como: lutávamos contra a ditadura! Como? Se muito antes da Contra-Revolução de 31 de março de 1964, ou seja, a partir de 1961 militantes adeptos da Luta Armada já realizavam curso de guerrilha no exterior, principalmente em Cuba e China?
Muito também tem sido publicado de maneira tendenciosa pela mídia infiltrada a respeito da tortura ideológica sobre presos que “depois de torturados teriam sido posteriormente assassinados”. Essas reportagens repetem apenas o que é dito pelos próprios subversivos e terroristas muitos deles assassinos, assaltantes de bancos e “justiceiros” dos próprios companheiros de organização subversiva. Eles seguem as normas dos criminosos comuns: nunca confessam. Sempre alegam que confessaram seus crimes sob tortura, sob coação. E este é um direito que lhes cabe. O que não é admissível é que jornalistas que deveriam buscar a verdade, ao entrevistarem o outro lado publiquem de maneira tendenciosa, o que lhe disse o entrevistado. Se quisessem a verdade investigariam mais profundamente a matéria e publicariam, com isenção as versões encontradas, dando ao leitor a oportunidade de fazer seu próprio juízo.
E sempre que nos aproximamos do 31 de março, dia da Contra-Revolução; do dia do Exército Brasileiro, ou seja, 19 de abril; além de 25 de agosto, dia do Soldado e 27 de novembro, quando os comunistas brasileiros durante a Intentona Comunista de 1935, assassinaram seus colegas, alguns dormindo, notícias espalhafatosas e “requentadas” buscando denegrir as Forças Armadas são publicadas.
Este ano inovaram. Além da invasão do MST em terras do Exército, como não poderia deixar se ser, os jornais O Estado de Minas e o Correio Braziliense publicaram, com grande estardalhaço, até agora, nos dias 15, 16, 17, 18 , 19, e 22 de abril, reportagens do Jornalista Lucas Figueiredo cuja chamada na primeira página foi “Livro secreto do Exército mostra engrenagem da repressão”.
As reportagens tratam do projeto de pesquisa realizado pelo EB há 19 anos atrás denominado inicialmente de ORVIL – livro ao contrário. Nas matérias publicadas a pesquisa que ficou ao final com o nome de “As Tentativas de Tomada do Poder” é rebatizada com o nome de “O Livro Negro do Terrorismo no Brasil”. Pelo que li nos jornais Lucas Figueiredo realmente tem em mãos cópia da pesquisa original. Como a conseguiu? E, o que é mais importante, será que fará bom uso dela?
Artur da Távola costumava dizer que “ todo jornalista que se preza tem na gaveta três listas: uma de pessoas e organizações sobre as quais sempre fala mal. Outra, sobre as quais ele sempre fala bem e uma terceira, sobre as quais jamais fala”. Até agora, para mim, em relação aos assuntos militares e de inteligência, estamos na primeira lista do jornalista Lucas Figueiredo. Espero estar enganado. Vamos aguardar.
Se ele fizer bom uso do Projeto Orvil, publicando os asuntos sem sensacionalismo, sem escolher frases que estão inseridas no contexto, esclarecerá a população muitos fatos desconhecidos que levarão o brasileiro a conhecer a história recente do nosso País. E isso seria de grande valia para nossa Pátria pois não correríamos o risco de repetir um período triste de nossa história.
Mas as perguntas que não querem calar continuam.
Quais as reais razões do total estado de abandono imposto pelo Governo Lula as Forças Armadas brasileiras, com graves ameaças à sua eficácia operacional?
Quais as razões das freqüentes tentativas por parte de militantes e políticos do PT e do próprio Presidente da República como recentemente no caso dos controladores de vôo, em denegrirem a imagem das Forças Armadas e destruírem o que elas tem de mais caro que é a disciplina militar?
Quais as razões do total descalabro em que se encontram a segurança pública, a saúde e a educação?
Como fica a corrupção desenfreada e desavergonhada em todos os escalões dos poderes constituídos, como se tudo natural fosse?
E o que dizer do total beneplácito dos órgãos governamentais em relação as ações do MST, do MLST e outros grupos que recebem verbas do governo para realizarem invasões de propriedades particulares e até de instalações de órgãos governamentais, mesmo sem possuírem CNPJ já que não são organizações legalizadas? Como é feita esta "maracutaia"?
O certo é que como friso em meio livro Desfazendo Mitos da Luta Armada, os tempos mudaram. Estamos em um novo século. E os comunistas e os ávidos de vantagens em todos os sentidos e a qualquer custo multiplicaram-se e viraram “estrelas”. E assim o PT chegou ao governo depois de uma campanha milionária e mal explicada. É o comunismo disfarçado, o terrorismo institucionalizado, marcado por “saques” dissimulados. Surgem várias perguntas, mas não as respostas.
Por que Celso Daniel foi seqüestrado, assassinado ou “justiçado” ?
Foi em razão de não mais querer participar de esquemas de obtenção de dinheiro público para o PT e ter se rebelado? Foi porque sabia demais? Por que atrapalharia a escalada dos “heróis”, “das vítimas da ditadura”? Por que ocuparia o lugar que José Dirceu acabou por ocupar?
São tantas perguntas que não querem calar. Por que o prefeito de Campinas, o Toninho do PT foi assassinado?
Lula, que não foi guerrilheiro, nem terrorista, apenas um sindicalista que paralisava o país com suas greves e um dos fundadores do PT, foi levado pelo voto à Presidência da República, com os companheiros do partido, José Dirceu militante da guerrilha urbana , José Genoíno da guerrilha rural e vários outros guerrilheiros, subversivos e até ex-terroristas chegaram ao topo do governo.
O povo deu-lhes a chance de governar o País. Deu no que deu. E continua dando. Não fosse o deputado Roberto Jefferson, também com o dedo sujo que apontou as falcatruas de alguns, estaríamos sem nada saber a respeito de propinas, mensalões, dinheiro de bingos e outros.
De escândalo em escândalo foram caindo de um em um os envolvidos nas falcatruas do governo. Respingou sujeira para todos os lados. Caiu José Dirceu e para o seu lugar o Presidente colocou como Ministra da Casa Civil , a senhora Dilma Rousseff.
O Presidente Lula, que diz que governa, é um homem atrapalhado, que profere discursos lamentáveis, óbvios, fala dos pais analfabetos, mas não dos problemas nacionais que precisam urgentemente de soluções. Anuncia programas mirabolantes que não saem do papel; pisoteia a escola e quem faz esforços homéricos para estudar, quando se vangloria de ter chegado à Presidência sem ter curso superior, formação que, ao que parece ao estufar o peito, no seu entender desnecessária e inútil.
Essas atitudes são ameaças concretas, disfarçadas sob os mais variados matizes e acobertadas por uma pretensa oposição política que se vende ao Presidente por qualquer ministério que este lhe oferece, passando então a fazer parte da base governamental.
E foi por insistentemente repetir “isto é uma vergonha” que o Boris Casoi perdeu o emprego. E talvez seja por esta razão que algumas redes de televisão, algumas revistas e muitos jornalistas, de maneira distorcida, escrevem o que o governo deseja que o povo tome conhecimento. Estão destruindo os valores cívicos, éticos e morais da Nação Brasileira, com destaque para a destruição das Forças Armadas. Enquanto o atual Governo e o PT tudo fazem para transformar as Forças Armadas em guarda nacional; cria a Força Nacional de Segurança, futura KGB dos que imaginam criar a nova República Popular Sindical; e novo Exército Popular que terá origem nos quadros do MST.
Os desvios de rumos são muitos. Por conveniência, muitos fingem que não estão vendo nem ouvindo. Estão esquecidos que a desordem institucional, aliada à omissão dos homens e mulheres de bem, é a passarela que conduz os tiranos ao poder.
Pensem nisso e vamos provocar as pessoas que amam o Brasil e a liberdade a saírem da apatia e passarem a exercer sua cidadania
.
O Brasil merece.

Aluisio Madruga
Autor dos livros : “Guerrilha do Araguaia
- Revanchismo
– A Grande Verdade” e “Documentário – Desfazendo Mitos da Luta Armada”
e-mail : guearaguaia@uol.com.br

Ley de nuevos contratos petroleros en Bolivia


LA PAZ - El presidente Evo Morales promulgó las leyes que aprueban los contratos petroleros que su gobierno negoció con doce compañías tras la nacionalización de los hidrocarburos hace casi un año.
Tras la promulgación, los contratos deberán ser registrados ante un notario antes de que entren en vigencia, lo que podría ocurrir a partir del miércoles, informaron las autoridades. El Congreso aprobó los acuerdos tras meses de debate.
En la ceremonia celebrada en el Palacio de Gobierno el mandatario también promulgó decretos que obligan a consultar a los indígenas y campesinos cuando las actividades petroleras afecten sus territorios.
''Hoy se consolida la nacionalización de los hidrocarburos. Las luchas no han sido en vano'', dijo el mandatario al acusar a la oposición de haber demorado la vigencia de los nuevos convenios con las transnacionales ''con su debate insulso y falso''.
La puesta en vigor también permitirá a Bolivia ajustar el precio del gas que vende a una termoeléctrica brasileña en el estado de Mato Grosso.
Participaron de la ceremonia dirigentes indígenas que intervienen de un congreso continental desde el pasado viernes en esta capital.
Los acuerdos pactados con las petroleras tuvieron que volver al Congreso tras conocerse fallas en la transcripción de textos y una supuesta suplantación de documentos lo que atizó el debate con la oposición. La polémica llegó a su fin la semana pasada.
''Los contratos implican nuevas reglas para la exploración y explotación. Ahora las empresas son prestadoras de servicios'', dijo en su discurso el ministro de Hidrocarburos, Carlos Villegas.
Los contratos permitirán a Bolivia incrementar sustancialmente sus ingresos tras un ajuste impositivo. El gobierno también espera que se reactiven las inversiones en la industria petrolera que se vieron paralizadas tras la nacionalización decretada el 1 de mayo del año pasado. TDM/
Associeted Press 24abril2007

A benevolência Marxista

" As chicotadas devem ser simbólicas e não deixar marcas, Não queremos violar os direitos humanos"

PETRONILHO FLORES, Diretor do Ministério da Justiça Comunitária da Bolivia, sobre a decisão do governo de legalizar o açoitamento público.
- O próximo passo deve ser legalizar o fuzilamento no paredon.

Neutralizando o IPEA- Lucia Hippólito

Lula remove obstáculos em sua caminhada para o totalitarismo Sindical de esquerda.
Ouça Lúcia Hippolito


CBN - A rádio que toca notícia - Por dentro da Política - Lucia Hippólito

terça-feira, 24 de abril de 2007

A incerteza nos julgamentos

Jarbas Passarinho
Foi ministro de Estado, governador e senador

Um filósofo cético negava-se a julgar seus coevos porque dizia que o homem e a natureza se confundem, daí ser discutível formular leis do comportamento com base no pequeno fragmento da natureza que é o homem. Na Bíblia o conselho é impositivo: “Não julgueis para não serdes julgados e, com a medida com que julgardes, assim sereis medidos”. O Padre Vieira, no sermão da Segundo Domingo do Advento, agravou o conselho bíblico: “Antes quisera ver-me acusado do demônio do que julgado pelos homens, porque os demônios acusam apenas as obras e as palavras, ao passo que o homem julga e condena até os mais íntimos pensamentos, embora não os possa conhecer. No juízo de Deus nossas boas obras defendem-nos, no juízo dos homens o maior inimigo que temos são as nossas boas obras”.
Entendo a amargura de Vieira quando trata dos homens em sentido geral. Já Rui, ao relacionar o homem habilitado a julgar, diz que o juiz previne-se contra aquilo que desonra sua conduta judicante, pois o juiz que não tem a consciência serena, que sentencia sob influxo da paixão ou do ódio, ou ainda pela amizade pessoal ou interesse político, deslustra a dignidade do julgador e é o pior dos juízes.
No primeiro caso, o do julgamento do homem comum, “o pequeno fragmento da natureza”, capaz de todas as grandezas e de todas as misérias, faz-me lembrar a revolta com que vi, na campanha eleitoral de 2002, um julgamento profundamente infeliz do então candidato Lula, entrevistado por Boris Casoy. O jornalista perguntou-lhe o que pensava de uma crítica que lhe fizera, em jornal de Miami, o exilado cubano Armando Valadares, devido à sua devoção ao ditador Fidel Castro. Lula, claramente irritado, disparou seu menosprezo : “É um picareta”.
Estou certo de que não sabia quem era Valadares, companheiro, muito jovem, de Fidel na guerrilha de Sierra Maestra. Católico praticante, quando os comunistas começaram a conquistar Fidel, iam às mesas de trabalho das estatais e colocavam adesivo com esses dizeres: “Se Fidel é comunista, eu também sou”, Valadares não permitiu o adesivo em sua mesa. Dias depois era preso, acusado de contra-revolucionário. Foram 20 anos nos diversos cárceres de Cuba, sob tortura permanente, sevícias, simulações de fuzilamento, práticas de humilhações como obrigação de desentupir com as mãos latrinas transbordantes de fezes, e as restrições alimentícias que provocaram a subnutrição.
Régis Debray, assessor do presidente socialista François Mitterrand, conheceu a verdadeira situação de Valadares, condoeu-se e obteve, de Mitterrand, um pedido a Fidel para libertar o preso. Passou ainda meses em cadeira de rodas, tratando-se e nutrindo-se para poder ser libertado andando normalmente até o aeroporto. Escreveu um livro comovedor sobre as crueldades a que foi submetido e intitulou-o Contra toda a esperança. Esse é o “picareta” no julgamento de Lula, que liderou as grandes greves do ABC, repudiou a sentença do Tribunal do Trabalho de São Paulo numa disputa entre metalúrgicos e patrões, pelo que, em cumprimento da lei, já não vigente o AI-5 e todas as medidas de exceção, foi hóspede do delegado Romeu Tuma numa prisão que, comparada com o que sofreu Valadares, seria um hotel de luxo. Solto, foi exonerado da montadora em que era torneiro-mecânico competente.
Hoje o presidente Lula recebe uma indenização por isso. Presidente do Senado, conheci-o, quando o recebi, acompanhado de dois outros líderes sindicais, em audiência cordial. Dela tenho a foto. Fomos, depois, colegas no Congresso Nacional, na Constituinte de 1987/88. Tive provas de apreço que estão publicadas e dele guardei a imagem de um católico “caótico” ou não, como o chamou um cardeal, que jamais ofenderia um trabalhador. Se soubesse do sofrimento cruel a que Valadares foi submetido nas prisões, condenado por delito de consciência, ao resistir a acompanhar a adesão de Fidel ao comunismo. A natureza conciliadora de Lula, presidente que perdoa mesmo os que o traíram, jamais lhe faria chamar de “picareta” a saga de um trabalhador torturado durante 20 anos, católico que chegou a perder a esperança contra a esperança, o que não ocorreu a Abraão, pai aos 90 anos, pela graça de Deus.
A classificação pejorativa cabe, sim, aos dirigentes do PT que se tornaram uma quadrilha a locupletar-se à custa do dinheiro público, assim como se revelam, agora, na Operação Hurricane, juízes venais, desembargadores, ministro de Tribunal Superior de Justiça, delegados da Polícia Federal, advogados e empresários corruptos. Esses, sim, são piores que “picaretas”.


Correio Braziliense – 24 abr 2007

segunda-feira, 23 de abril de 2007

MARXISMO - A BURRICE VERMELHA

Huascar Terra do Valle . Advogado e Escritor

Por incrível que pareça, existem, principalmente em universidades, milhares de intelectuais que se confessam marxistas. Ou seja, eles interpretam o mundo e a história sob a ótica de um demente paranóico com uma incrível capacidade de distorcer os fatos e apresentar as maiores bobagens, disfarçadas em profundas verdades.Os postulados de Marx, apesar de exibirem o pomposo nome de "materialismo histórico", são tão ingênuos e absurdos que só podem ser entendidos como um efeito da fé, ou seja, de uma religião secular, pois, quando alguém começa a crer, pára de pensar.
Por exemplo, a badalada "luta de classes". Marx afirma, solenemente que, por toda história, houve conflitos de classes, o que não passa de uma obviedade infantil. No entanto, desta premissa simplória ele conclui que os maiores males da humanidade advêm da "luta" entre empresários e empregados e que o caminho para uma "sociedade justa e solidária" seria os operários cortarem a garganta dos patrões e assumirem a direção das empresas. Ora, no século passado esta "solução" foi tentada dezenas de vezes e nunca deu certo. Para que insistir?
O grande erro de Marx é que, historicamente, a luta de classes mais importante tem sido entre cobradores e pagadores de impostos. No Brasil, por exemplo, a quadrilha dominante surrupia quase metade do que produzem os cidadãos e o fruto desta roubalheira é principalmente distribuída entre as elites do poder, sob a forma de altos proventos, sem falar na corrupção que, aqui, atinge proporções ciclópicas. Suspeita-se do comércio de liminares e sentenças, até em tribunais superiores (quando os culpados são "punidos" com aposentadorias milionárias).
Chamar de exploradores aos empresários é de uma burrice assustadora. São eles que criam riqueza, que é distribuída por toda a sociedade, inclusive por meio de salários pagos aos empregados. São eles também que pagam os impostos que sustentam o governo. Afirmar, como fazem os comunistas/marxistas, que o empregado se apropria da "mais valia" de empregado é outra idiotice. É mais lógico supor que são os empregados que se beneficiam da criatividade e da coragem de assumir riscos dos empresários. Tanto assim que países, como a URSS, que tentaram acabar com os empresários, só conseguiram fazer com que os operários trabalhassem instituindo regimes de terror e campos de trabalhos forçados (gulags). No capitalismo, ao contrário, vigora o regime de recompensa, com melhores resultados e sem necessidade de exterminar milhões de cidadãos, como ocorreu nos países comunistas.
Outra sandice comunista é o uso da palavra "imperialismo". Os Estados Unidos venceram duas guerras mundiais e não se apropriaram de nem um metro quadrado de território, enquanto a URSS, após a II Guerra Mundial, anexou dezenas de países e os manteve subjugados a poder de fuzis e tanques, como Hungria, Checoslováquia e Alemanha Oriental. No entanto, comunas de todo o mundo referem-se aos Estados Unidos como país imperialista e esquecem-se da URSS, esta sim, a nação mais imperialista de todos os tempos, que chegou a atingir 21 milhões de quilômetros quadrados. Nota-se que os comunas vivem no mundo da lua e não cultivam o menor compromisso com a realidade e muito menos com a coerência. De fato, eles só desejam o poder, para usar e abusar.
Outra mega-burrice vermelha consiste em não tirar proveito das lições da História. A experiência comunista, em essência, a concentração de poderes em um grupo dirigente (exatamente o contrário da democracia) sempre colheu resultados pavorosos, como a criação de uma nova aristocracia privilegiada (Nomenklatura); o genocídio de milhões de pessoas inocentes; a instituição de regimes policiais que usam o terror como instrumento social e político; o espírito bélico que resulta sempre em guerras, com milhões do mortos e destruição de cidades inteiras; o fracasso econômico, chegando a causar mortes aos milhões, por fome. Na Coréia do Norte o governo chegou a estimular a população a comer capim (apesar de substancial ajuda financeira da China ex-comunista, hoje praticando o capitalismo selvagem e a pirataria econômica, além de verdadeiro regime de escravidão - operários trabalhando quinze horas por dia, sem domingos nem feriados).

Em Cuba ocorrem muitas mortes por inanição, pois as rações fornecidas pelo governo são ridículas. No entanto, é proibido aos médicos diagnosticar "inanição", sob pena de irem parar nas quase mil penitenciárias existentes. Antes do comunismo, o ditador Fulgêncio Baptista mantinha apenas seis penitenciárias, sem as horrorosas merdácias de hoje, onde certos presos são punidos com banhos diários de excrementos humanos. Mesmo assim, comunistas disfarçados de petistas nutrem o sonho de transformar o Brasil em uma gigantesca Cuba. Um comunista fanático como Oscar Niemeyer declarou que "o regime cubano é o que serve ao Brasil". Como não podemos considerar burro o grande arquiteto, temos que admitir que sofre de demência parcial, quando se trata de assuntos políticos. O comunismo, uma verdadeira religião, baseada na fé, paralisa a razão, até mesmo de sumidades como Niemeyer.
A verdade é que comunistas sabem do fracasso do comunismo, no entanto eles sempre se imaginam fazendo parte da Nomenklatura privilegiada. Ninguém quer ser operário em países comunistas, onde, para começar, sindicatos são proibidos.Em regimes coletivistas, como no comunismo, sempre existe a busca do comunista perfeito. No Camboja, Pol Pot , à procura do comunista perfeito (ignorante e obediente) exterminou cerca de um terço da população, em seus campos de reeducação política. Enquanto isso, fez uma gigantesca coleção de crânios. O caso do Camboja lembra a Inquisição, que também torturou e matou barbaramente milhões de supostos hereges ou bruxas, em busca do católico perfeito. Os expurgos de Stálin vitimaram cerca de 60 milhões de soviéticos. O holocausto nazista é outro exemplo de busca da purificação da raça. Todos os regimes coletivistas, de concentração do poder, sempre levam a um tipo qualquer de genocídio. Os comunas sabem disto, no entanto, desejam ardentemente o genocídio e a tortura, pois o comunismo é uma religião do mal, derivado do satanismo praticado por Marx e Engels, alunos do satanista Moses Hess.
Como declarou o pastor Wurmbrand, o comunismo não passa de uma fachada para o satanismo, onde o ideal não é o bem, mas o mal. Não à toa comunistas adoram badernas, "justiçamentos", seqüestros, assaltos, guerrilhas, invasões, revoluções e guerras. Sempre pregam a violência como arma política. Em Belo Horizonte o prefeito comunista até erigiu um altar a Satan, com uma estátua do demo, em plena via pública, sugerindo a existência de algum pacto demoníaco.
Triste é constatar que, no Brasil, que tem um presidente comunista, que tem Cuba como modelo ideal, consideráveis avanços têm sido feitos no sentido da comunização do País, sem que a grande maioria da população, e também a mídia, percebam este desastre. O MST (terroristas rurais protegidos pelo Governo) é um bom exemplo. Como disse John Philpot Curran: "O preço da liberdade é a eterna vigilância".
Além de burros, os comuno-petistas-socialistas-social-democratas são também absolutamente cretinos. Para constatar basta ver a propaganda do PcdoB, do PPS, do PSOL, do PSD, et caterva. Com a maior cara-de-pau seduzem o eleitorado prometendo "liberdade" e "democracia", quando intenção deles é instaurar a tirania e o Estado policial-terrorista, conforme fizeram em todos os países. Ou alguém acredita que eles vão mudar? Hugo Chávez que o diga!


Memória curta não é privilégio do povo

RELEMBRANDO
O Chefe, por Ivo Patarra



Pagina 368

Para a Polícia Federal, foi Hamilton Lacerda quem levou o dinheiro
apreendido ao Hotel Ibis Congonhas. Ele foi filmado por câmeras de segurança no saguão do hotel, um dia antes das prisões. Portava uma mala. As imagens não deixam dúvidas: o homem com cabelos grisalhos, tenso, entra no lobby do hotel por volta das 8 horas da manhã. Nas mãos de Hamilton Lacerda, a mala preta de viagem, com a alça em volta do ombro esquerdo – para ninguém roubar a preciosa carga. Ele está acompanhado de Gedimar Passos. Os dois pegam o elevador. As câmeras também o filmam andando pelo corredor onde fica o quarto em que Gedimar Passos está hospedado. Hamilton Lacerda entra no quarto. Sai em seguida. Sem a mala.
Mais tarde, Gedimar Passos é filmado com a mesma mala, caminhando em
direção ao restaurante do hotel. Foi fazer uma refeição, mas preferiu não deixar a mala no quarto. Na madrugada do dia 15, horas antes das prisões, Hamilton Lacerda volta ao Ibis Congonhas. Desta vez, porta uma maleta e uma sacola plástica. Vai embora pouco depois. Sem a sacola. Para a Polícia Federal, ele foi levar uma segunda remessa de dinheiro ao hotel. O R$ 1,7 milhão não cabia apenas em uma mala.
Trecho do depoimento de Hamilton Lacerda à Polícia Federal: “O
declarante informa que, provavelmente na última semana de agosto, foi contatado por Jorge Lorenzetti e Expedito Veloso, afirmando que existiam documentos em Cuiabá relacionados à ‘máfia dos sanguessugas’ e que poderiam ser utilizados na campanha em desfavor dos candidatos do PSDB, caso fossem verdadeiros; que o material existente teria um reflexo negativo na campanha nacional e estaduais onde concorresse o PSDB.”

Ou seja, a campanha de Lula seria diretamente beneficiada pela operação.
Quando as fotografias da montanha de dinheiro apreendida no hotel apareceram nos jornais, o PT tentou impedir a divulgação das imagens nos programas eleitorais. Não conseguiu.
Em entrevista ao jornal O Globo, Lula é questionado se perguntou aos
envolvidos no escândalo, quase todos ligados historicamente a ele e ao PT, sobre quem teve a idéia de comprar o dossiê e qual a origem do dinheiro. Resposta do presidente:
- Não perguntei nem perguntarei.
Tradução: Lula não sabia de nada, como sempre, nem se interessou em saber.
Mais uma vez, porém, era o beneficiário direto de um esquema de corrupção.
Para o presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), não há dúvida:
- A origem do dinheiro é criminosa.
De acordo com Biscaia, os petistas envolvidos na compra do dossiê “não
eram peixes pequenos”. Diz Biscaia, fazendo alusão ao escândalo do mensalão:
- Antigamente, no PT, o cara dava uma entrevista e, por aquela entrevista, sofria comissão de ética no partido. Hoje o cara é acusado de desvio de recurso e fica por isso mesmo.

Lula foi reeleito presidente do Brasil.

Livro distribuido por download em:

©2006 Ivo PatarraEste livro é distribuído pela licença Creative Commonshttp://www.escandalodomensalao.com.br/

OLGA A VERDADE ESQUECIDA

Na alvorada de março de 1934, vindo de Buenos Aires portando passaporte americano, desembarcara no Rio de Janeiro um sujeito de nome Harry Berger.
Preso pela polícia carioca no natal de 1935, logo revelou-se a identidade secreta do viajante.
Chamava-se o misterioso elemento, Arthur Ernst Ewert, judeu alemão, fichado em seu país de origem, no qual era ex-deputado, como espião. Constava também processo por "alta traição".
Berger era o agente do Komintern, especialista em golpes subversivos, enviado para o Brasil com a missão de dirigir intelectualmente o plano traçado em Moscou, que objetivava a instauração de uma ditadura de tipo estalinista no País, por meio de levante armado.
Sob ordens de Berger, lá estava Luiz Carlos Prestes, homem escolhido para encabeçar um "governo popular nacional revolucionário", segundo relatório do próprio Berger para o Komintern.
Prestes angariou simpatia no meio comunista, pela sua participação na famosa coluna militar, que marchou pelo interior do País, nos agitados tempos do movimento tenentista. Pouco depois, após a conversão de Prestes à doutrina marxista-leninista por Astrogildo Pereira, a hábil propaganda vermelha batizou esse destacamento com seu nome, ainda que para isso tivesse de cometer a injustiça histórica de omitir e relegar ao esquecimento a figura do comandante Miguel Costa, principal líder militar da Coluna, ao qual Prestes esteve sempre subordinado .
Pela experiência do período, Prestes recebeu a incumbência de chefiar a ação armada dos comunistas no Brasil. Não poderia haver falhas. O plano deveria ser executado de forma rápida e eficaz, sem oferecer ao governo o tempo necessário para o esboço de uma reação.
Para tanto, visando garantir o apoio logístico e os recursos financeiros necessários para tão arriscada empreitada, Moscou fundara em Montevidéu, clandestinamente, o seu Secretariado Latino Americano, órgão cuja finalidade era aproximar as organizações comunistas latinas, a fim de impulsionar o movimento vermelho na América do Sul. Foi este o fato que gerou, ainda em fins de 1935, após o malogro da tentativa de assalto comunista ao poder no Brasil, o rompimento das relações diplomáticas do Uruguai com a União Soviética.
A Intentona Comunista de 1935, portanto, fora concebida e preparada em Montevidéu, como bem atestaram os jornais da época no Brasil, entre os quais, o Globo.
Durante os preparativos para o golpe, visando despistar quaisquer suspeitas a respeito de seu enviado revolucionário, destaca Moscou, como esposa de Prestes, a judia alemã Olga Benário (Olga Ben-Ario), conhecida já em seu país pelas suas ações subversivas. Cumpre destacar, nesse ponto, fato desconhecido da grande maioria dos brasileiros sobre a chamada Intentona: a do envolvimento direto de grande número de israelitas (infiltrados no País) na conspiração comunista de 1935.
De fato, como fartamente registraram os jornais, poucos dias após a supressão do levante no Rio de Janeiro, a eficiente polícia carioca, na jurisdição dos 13° e 14° distritos policiais, deteve 23 comunistas de origem judaica (longo ficaria citar a relação dos nomes), todos ligados à Brazcor, organização revolucionária comunista, mantida e orientada pelo PCB.
Essa associação mantinha uma biblioteca popular israelita de nome Schelomo Alcichem, instalada à Rua Sen. Euzébio n° 59, bem como, uma cozinha proletária comunista, que servia refeições na Rua Visconde de Itaúna. Publicava a revista de cultura moderna Volkekultur.
Quando assistimos ao filme Olga, de Jaime Monjardim, inquietou-nos não somente a lamentável omissão destes relevantes fatos, como também, a superficial abordagem sobre as sublevações comunistas em Natal, no Recife e no Rio de Janeiro.
Querer romantizar as figuras de Luiz Carlos Prestes e Olga Benário, criando um clima nupcial ao longo de todo o filme e, por tabela, apresentá-los como porta-vozes e defensores da liberdade humana e da democracia é, no mínimo, insensatez e cinismo puros.
Esquecer (ou omitir tendenciosamente) o assalto à Escola de Aviação, em Marechal Hermes, onde oficiais brasileiros foram assassinados por companheiros de farda enquanto dormiam, ignorar o covarde ataque-surpresa ao 3° Regimento de Infantaria, na Praia Vermelha, onde a ordem só foi restabelecida após uma manhã inteira de combates; desdenhar dos cinco dias em que revolucionários comunistas, em Natal, estabeleceram um governo que promoveu a ação de arruaceiros, assassinos, estupradores e assaltantes; sugerir que a inocente menina Elza Fernandes (trucidada segundo ordens do Cavaleiro da Esperança, com consentimento de Olga) era a responsável pelo desastre que somente a incompetência de Prestes provocou.
Menosprezar tudo isso é risco muito grande. É aceitarmos e legitimarmos perante a história o crime, o fanatismo e o unilateralismo político, a ditadura.
Luiz Carlos Prestes e Olga Benário não defendiam democracia de nenhuma espécie para o Brasil, tenhamos isso sempre em mente. Pelo contrário, caso lograssem êxito em sua missão, teríamos nosso País reduzido a simples colônia de Moscou e conviveríamos com uma ditadura ferrenha, que em nome da "liberdade humana", cometeu os maiores crimes e atrocidades da história da humanidade. Comunistas estrangeiros traçaram lá fora este destino para o Brasil, contando para isso com o apoio de brasileiros desprovidos de senso patriótico, somados a um punhado de ignorantes.
Se nós, brasileiros, em algum momento de nossa história, vivêssemos de fato uma ditadura comunista, o filme Olga, se viesse a ser produzido, tenhamos a certeza, contaria história bem mais trágica.


* LUIZ GONÇALVES ALONSO FERREIRA é bacharel em História pela Universidade Católica de Santos."; Publicado em "A Tribuna de Santos", em 07.09.2004.

Para que Lula quer uma TV "PÚBLICA"

Se não existir qualquer reação, em pouco tempo doutrinação semelhante estará acontecendo nos demais países sulamericanos. Cuidemo-nos pois.

Chávez obligará a las empresas a dar cuatro horas semanales de marxismo

LUDMILA VINOGRADOFF
CORRESP0NSAL
CARACAS. Los venezolanos ya no podrán escapar del socialismo marxista que impone el presidente Hugo Chávez, aunque apaguen los televisores durante sus omnipresentes discursos. En sus puestos de trabajo, en las escuelas y en los cuarteles van a recibir una dosis de, por lo menos, cuatro horas semanales de formación sobre marxismo, además de soportar sus discursos diarios en la radio y televisión.
La filosofía y dialéctica del autor del Capital será obligatoria, anuncia el ministro del Trabajo, José Ramón Rivero, que comenzará a aplicar las cuatro horas de marxismo a los empleados de su Ministerio la próxima semana. Eso supondrá parar el trabajo -probablemente los viernes- para que los empleados puedan asistir a las clases ideológicas sin moverse de su puesto.
Rivero adelanta que la formación socialista será de «carácter obligatorio» tanto en las empresas del sector público como del privado y en las cooperativas. Y para ejecutarlo, el presidente Chávez aprobará dentro de poco las leyes-decreto necesarias, en el marco de los poderes especiales para legislar que le otorgó el pasado enero la Asamblea Nacional.
Rechazo de los sindicatos
Sin embargo, el anuncio no ha gustado del todo. Pablo Castro, dirigente de la Confederación de Trabajadores de Venezuela, (CTV), rechazó el plan del ministro Rivero. «Si su fin es ideologizar, van a encontrar el rechazo de los obreros, que no permitirán que se les imponga una forma de pensar contraria a su manera de vivir. Algunos compañeros compartirán el pensamiento del proceso, pero otros no».
Los soldados en los cuarteles también recibirán formación marxista y deberán exclamar en sus arengas militares a viva voz : «Patria, socialismo o muerte», si piensa continuar en la Fuerza Armada Nacional, según los obliga el presidente Chávez. El mandatario ha amenazado con echar a los uniformados que no se declaren marxistas y socialistas.
El ministro de la Defensa, Raúl Isaías Baduel, ha nombrado una comisión para encargarse de la inducción ideológica en los cuarteles, llamada eufemísticamente «moral y luces».
El jurista Hermán Escarra ha criticado el plan militar de Chávez, calificándolo de ilegal porque en la Constitución venezolana la Fuerza Armada debe permanecer apolítica.
También en la privada
Las escuelas públicas también van a recibir formación socialista, aunque el ministro de Educación, Adán Chávez, hermano del presidente, que se declara comunista, marxista y leninista, habla del «hombre nuevo» al estilo del Che Guevara.
Las escuelas privadas temen que se les imponga la formación marxista, la historia oficial adaptada a los intereses del chavismo y se les prohíba la enseñanza católica. El presidente venezolano lanzará una nueva ley de educación que echará más leña al fuego.
Cuando los obispos católicos le han preguntado qué significa su socialismo siglo XXI, Chávez les remitió a la detenida lectura del Capital de Carlos Marx.

domingo, 22 de abril de 2007

Reich do lulla, Ano V

Neil Ferreira em 16 de abril de 2007 Diário do Comércio

Resumo: O brasileiro não esta nem aí para a corrupção.
Se aparecer uma boquinha, pega sem remorsos. Ainda mais um mensalão.
Minha paranóia estima que este Reich está com os trilhos pavimentados para uns 40 anos. "Pavimentar os trilhos" é uma frase que foi dita pelo Unser Führer ( Nosso Guia ) em pessoa. Como poetou o poeta Mao, "a grande marcha começa com o primeiro passo". O segundo passo dado pelo Unser Führer e suas divisões de logística, transportando malas e cuecas cheias de dólares, foi comprar a reeleição com a bolsa-esmola, que rendeu entre 25 e 30 milhões de votos, pagos com o dinheiro dos nossos impostos.
Nos 2 últimos anos do 1º. mandato fomos afogados por um escândalo por semana. As capas da Veja e as manchetes dos jornais, obras completas do governo mais corrupto como nunca antes se viu neççepaíz , derrubariam qualquer quadrilha instalada no poder. Mas seria necessário que os eleitores soubessem ler, quisessem ler e lessem pelo menos as legendas das fotos. Não souberam ou não quiseram. (A educação será a mais poderosa arma a ser empunhada por quem quiser fazer uma revolução neççepaíz ).
Unser Führer foi agraciado com quase 60 milhões de votos. 62% dos votos válidos. 62% dos eleitores aprovaram a corrupção com seus corações e mentes. No momento em que saiu o resultado, escrevi a primeira de uma série de referências ao 3º. mandato, publicadas neste espaço e distribuídas também na internet.. Amigos chamavam meus escritos de "ficção conspiratória". Antes fossem. Aí, saiu uma pesquisa em janeiro. O essencial era que o brasileiro não estava nem aí para a corrupção. Se aparecesse uma boquinha, pegava sem remorsos. Ainda mais um mensalão. Dançaria a Dança da Pizza com a gorda ex-deputada sem nenhuma dor na consciência.
Hoje, tenho certeza de que eu tinha razão. Sei o que se passa na massa encefálica dentro do cérebro do Unser Führer , quando deita sua brilhante cabecinha no travesseiro. "Massa encefálica dentro do meu cérebro" também é invenção delle. Adoro essa frase. Elle sonha com o 3º. mandato, de olhos abertos ainda acordado ou dormindo o sono tranquilis dos puros e desinteressados.
Aposto até a alma nisso, porque li uma entrevista do sinistro refundante tarso genro, aquele que nem a filha luciana refunda com elle. Ela é do psol, uma enorme bancada de 4 deputados federais (enorme porque seus egos são gigantescos, iguais aos dos argentinos). Na entrevista, tão longa que se colocada em pé ficaria mais alta que elle, desmentiu bravamente a hipótese do 3º. mandato. Só o fato do elemento desmentir alguma coisa, essa coisa já vira suspeitíssima. Pode jogar nessa mega sena, que aí tem.
Agora, o limão com açúcar no goró. A pesquisa CNT/Sensus . Ela indica que, sem ter feito nadinha de nada nesses 3 meses e meio de 2º. mandato, a não ser a milionária campanha de propaganda do PAC ( Prano di Aumentu da Cumpanherada ), Unser Führer deita e rola. Mais de 63% aprovam seu desempenho peççoal , número que rodeia os quase 62% de votos válidos que teve nas urnas. Quase 40% aprovam sua gestão. Gestão? 45% denunciam a piora na educação, saúde, segurança, emprego e renda. Zelite claro. Quase os mesmos 50% de votos válidos que não escolheram Unser Führer . Nesse inferno recente do apagão aéreo, 44% colocaram a culpa de tudo no governo. Procure aí algum dos que aprovam o desempenho peççoal do Unser Führer e do governo, não vai achar; Quem usa avião é zelite. Unser Führer continua voando acima dessas intempéries. Vai aterrissar no 3º. mandato.

Nomeando o inimigo

15 de novembro de 2005 Folha de S. Paulo:
Por Roberto Mangabeira Unger

POR FIM AO GOVERNO LULA Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos. Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda não bastar para assegurar sua condenação em juízo. Já são, porém, mais do que suficientes para atender ao critério constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as instituições republicanas. Imiscuiu-se, e deixou que seus mais próximos se imiscuíssem, em disputas e negócios privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato político que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a liberação de recursos orçamentários, apoio para interromper a investigação de seus abusos. Afirmo que a aproximação do fim de seu mandato não é motivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repetição desses crimes contamine a eleição vindoura. Quem diz que só aos eleitores cabe julgar não compreende as premissas do presidencialismo e não leva a Constituição a sério. Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a República os mandatários que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade às leis se sobrepõe à lealdade aos homens. Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, ameaçando a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no país continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto impôs mediocridade aos que querem pujança. Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos negócios do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua própria ignorância, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou. Afirmo que a oposição praticada pelo PSDB é impostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB são hoje as duas cabeças do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabeças precisam ser esmagadas juntas. Afirmo que as bases sociais do governo Lula são os rentistas, a quem se transferem os recursos pilhados do trabalho e da produção, e os desesperados, de quem se aproveitam, cruelmente, a subjugação econômica e a desinformação política. E que seu inimigo principal são as classes médias, de cuja capacidade para esclarecer a massa popular depende, mais do que nunca, o futuro da República. Afirmo que a repetição perseverante dessas verdades em todo o País acabará por acender, nos corações dos brasileiros, uma chama que reduzirá a cinzas um sistema que hoje se julga intocável e perpétuo. Afirmo que, nesse 15 de novembro, o dever de todos os cidadãos é negar o direito de presidir as comemorações da proclamação da República aos que corromperam e esvaziaram as instituições republicanas".
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O Autor dessas verdades será nomeado ministro da Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo, e incorporando o IPEA e o Núcleo de Assunbtos Estratégicos.

O Brasil anda em circulos, e pelo jeito estaremos voltando a 1964, mais breve do que se pensava, e concluiremos que nesse embroglio só o Exército da Salvação

quinta-feira, 19 de abril de 2007

ATUALIZEM-SE...AINDA PODEMOS VIRAR A MESA...

SEMPRE É O POVO QUE DÁ AS CARTAS, PORISSO MESMO SOFRE SUAS CONSEQUÊNCIAS...
Artigo de Jorge Serrão.

Jorge Serrão Qual escândalo e de que magnitude seria capaz de afetar a incrível blindagem política do presidente Lula da Silva? Eis o maior enigma da nossa República do Sindicalista. No primeiro mandato, o apedeuta (aquele que nunca sabe de nada) conseguiu boiar, tal como um dejeto no esgoto, no escândalo do mensalão. Sobreviveu e se reelegeu. Mas será que a história vai se repetir como farsa, no segundo mandato, quando uma CPI amestrada, para fingir que apura as causas do apagão aéreo, pode revelar tudo de podre que existe no reino da Infraero.Uma empresária que tem nome de uma famosa modelo e atriz - Sílvia Pfeiffer – entregou ao delegado Jaber Saadi, da Polícia Federal no Paraná, originais de contratos, cópias de recibos, depósitos bancários e arquivos de computador que comprovam a existência de um “mensalão” na Infraero. Sílvia Pfeiffer (de 47 anos de idade, há 20 no setor de obras e veiculação de publicidade nos aeroportos brasileiros) revelou á revista Isto É que sua empresa foi uma das financiadoras de tal mensalão – resultado do superfaturamento em licitações de compras, obras e serviços da estatal.Sílvia Pfeiffer se compromete a comparecer à CPI do Apagão e revelar que um empresário paranaense, amigo e freqüentador das churrascadas de Lula da Silva, teria lhe mandado procurar uma secretária do presidente para tratar sobre “dinheiro para o PT”. Sílvia denunciou à Polícia Federal que seus contratos no Aeroporto Affonso Pena, em Curitiba, foram obtidos à custa do pagamento de uma mesada aos diretores da Infraero. A empresa dela pagaria uma propina mensal, desde 2003, aos diretores da Infraero. Segundo ela, os depósitos em dinheiro chegam a até R$ 20 mil nas contas correntes de parentes dos diretores. Outras vezes, a propina é paga com automóveis de luxo. Tal “mensalão” é a contrapartida exigida para contratar os serviços da empresa de Sílvia, a Aeromídia, no aeroporto.Mas não é só em Curitiba. Em Brasília, Sílvia Pfeiffer denunciou que a Infraero criou uma situação irregular para veicular, com a intermediação da Aeromídia, anúncios feitos pelo publicitário Duda Mendonça, marqueteiro da primeira campanha de Lula. A beneficiária do esquema seria uma empresa de telefonia. Segundo Sílvia, os anúncios foram veiculados sem que houvesse licitação e sem que um contrato fosse formalizado.As denúncias de Sílvia devem atingir o ex-presidente da Infraero deputado Carlos Wilson (PT-PE). A empresária contou à Polícia que um assessor da estatal, Eurico José Bernardo Loyo, fazia os “acertos” nos contratos da Aeromídia em nome de Carlos Wilson. A empresária indica que o superfaturamento de até 357% nos materiais e nas obras de aeroportos brasileiros, verificado pelo Tribunal de Contas da União nas auditorias que fez na Infraero, é uma das origens da propina cobrada.Além do escândalo da Infraero, outro caso muito estanho bate à porta do Palácio do Planalto. O presidente Lula assinou, em 21 de dezembro passado, um decreto autorizando o deputado federal Jader Barbalho a transferir sua concessão da Rede Bandeirantes no Pará. A capitania hereditária da mídia estava nas mãos da empresa RBA, que deve R$ 82,4 milhões de reais à Receita Federal, ao INSS e ao fundo de garantia. Lula permitiu que a concessão fosse transferida a uma empresa devidamente saneada, a Sistema Clube do Pará.O procurador Rômulo Moreira Conrado, da Procuradoria da República no Distrito Federal, estuda o caso com todo carinho. Vai sobrar para Lula? As chances são remotas. A blindagem política dele é impressionante. Por isso, só resta aos brasileiros o direito de “gritar”. Façamos como os feirantes de São Paulo. Afinal, o alcaide Gilberto Kassab (amado por 11 entre 10 empreiteiros) voltou atrás na mal escrita redação de um artigo do ridículo decreto municipal que proibia gritos nas feiras livres da capital paulista.Na feira livre da politicagem nacional, onde o governo do crime organizado faz suas compras e vendas, gritemos, todos juntos: “Lula, segura o pepino”. Alertemos: “Cuidado com os laranjas”. Recomendemos: “CPI, descasque este abacaxi”. Reclamemos: “Lula, a turma do Mensalão escorregou no tomate novamente”. Esbravejemos: “Presidente, você merece uma banana”. Ou banquemos o feirante metido a filósofo machadiano: “Ao Presidente, as batatas”. "E que a terra, onde elas crescem, lhe seja leve".

PS - Para terminar, o nome do cachorro Doberman que posou entre as pernas da loura Fani, do BBB7, no ensaio da Playboy deste mês: "Picasso".Au, Au! Pior que essa, só o desgoverno da Répública do Sindicalista mordendo a gente.
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segunda-feira, 16 de abril de 2007

Do apreço do novel Ministro da Justiça por Lenin

Por JANER CRISTALDO

Publicado em: 09/04/2007
Interrogado sobre quais pensadores mais admira, em entrevista para as Páginas Amarelas de Veja desta semana, o ministro da Justiça, Tarso Genro, respondeu: "Até meus 30 ou 35 anos, eu era admirador de Lenin, que conseguiu introduzir, num país atrasado, princípios políticos e organização política moderna, que, mais tarde, se revelaram como uma Revolução Francesa tardia. Reconheço que, do modelo stalinista, resultou o stalinismo, mas também resultou a formação de um Estado democrático de direito originário das dores desse parto".Como se o leninismo ou o stalinismo tivessem parido qualquer Estado democrático de direito. A infeliz Rússia, que do tzarismo caiu no comunismo, até hoje nem tem idéia do que seja um Estado democrático. Desmoronado o regime marxista, a Rússia luta hoje não para chegar ao século XXI, mas pelo menos ao XX. E ninguém em sã consciência vai pretender que o regime autocrático de Putin seja uma democracia.Comunismo, onde quer que tenha ocorrido, significou ditadura, prisão, tortura, matança de milhões, miséria. De lá para cá decorreram 70 anos após as primeiras purgas de Stalin, 58 anos após a affaire Kravchenko, 51 anos após as denúncias de Kruschov no XX Congresso do PCUs, 18 anos após a queda do Muro de Berlim, 16 anos após o desmantelamento da União Soviética. E este senhor ainda ousa afirmar que do modelo stalinista resultou algo positivo! Estamos mal servidos de ministro da Justiça.O ministro parece estar com sérios problemas de memória. Seus trinta anos ocorreram em 77. Seus 35, em 82. Ora, tenho em mãos uma ode a Lênin de sua lavra, em parceria com seu irmão, Adelmo Genro Filho, intitulada Lenin: coração e mente, datada de 2003, publicada pela Editora Expressão Popular, de São Paulo. (Curioso observar que os irmãos marxistas se apropriam de uma expressão de Nixon a propósito da Guerra do Vietnã para titular seu livro). Nesta ode, em prefácio redigido pelos próprios autores, podemos ler:"De qualquer forma, os autores convergem num ponto essencial: a vida e a obra de Lênin são imprescindíveis para a compreensão da grande revolução do Século XX e o seu legado é irrenunciável para a formação de um verdadeiro partido revolucionário do proletariado, livre da burocracia e do dogmatismo, que desconfiam da inteligência e condenam a iniciativa; livre do esquematismo e das 'verdades absolutas' que impedem o desenvolvimento revolucionário do marxismo".Ora, já em 77 há muito se sabia dos métodos terroristas postulados por Lenin. Já em 1905, mais precisamente no dia 11 de abril, em um congresso para a unificação do partido, Lenin pregava o terror em massa e a expropriação de terras dos camponeses. Eram também conhecidas suas ordens de execuções sumárias. Em 1918, ordenou enforcar 100 kulaks e confiscar seus grãos. Ordenou também o massacre da família dos Romanoff, a matança e banimento para a Sibéria de camponeses. Lenin sempre louvou o terror e sempre teve a violência e a ditadura como fixações, a ponto de os mencheviques terem-no declarado como um autêntico renegado do marxismo. Tais fatos não podiam ser ignorados por dois pesquisadores que se debruçaram sobre a vida e obra do terrorista russo.O ensaio tem pretensões catequéticas, no melhor estilo católico apostólico romano: "Este livro tem um endereço: visa principalmente subsidiar os operários avançados, os estudantes e intelectuais comprometidos com a transformação do mundo e todas aquelas pessoas que lutam por uma sociedade sem classes e sem opressão, a única formada por homens verdadeiramente livres".Como se uma biografia de Lenin pudesse servir de auxílio a quem quer que queira formar uma sociedade sem classes e sem opressão, formada por homens livres. Nos anos 60, em minha cidadezinha, conheci operários semi-alfabetizados que, iludidos pelas fotos idílicas de revistas como China e Unión Soviética, julgavam que o regime comunista havia construído uma sociedade ideal onde imperavam a igualdade e a justiça. Estes operários acreditavam piamente na causa marxista e por ela lutavam. Eram honestos, mas desinformados. Sem falar que viviam nos 60, quando televisão era luxo e nenhum jornal de porte chegava até Dom Pedrito. (A bem da verdade, mesmo hoje ainda não chegam). Já não é fácil conferir honestidade a um advogado cosmopolita e bem informado, autor de vários livros, quando este senhor pretende que o leninismo possa construir uma sociedade sem classes e sem opressão. Como o livro foi escrito a quatro mãos e Adelmo Genro morreu em 88, é de supor-se que os textos sejam todos anteriores a essa época. Mas se Tarso os publica em 2003, é porque os considera válidos em 2003. Ou seja, o novel ministro da Justiça, em pleno século XXI, faz a apologia de um dos mais brutais tiranos de inícios do século passado. Em 2003, Tarso tem 56 anos, e não os 30 ou 35 que alega na entrevista de Veja, como idade-limite para cultuar o terror. O ministro da Justiça, há apenas quatro anos, tinha como guru o responsável primeiro pelas grandes matanças do século passado. Pois hoje se sabe que Stalin não foi um desvio do leninismo, mas sua seqüência lógica. Lenin só não matou mais porque teve vida curta no poder. Sobreviveu apenas sete anos à Revolução.Sempre que ouço relatos de madalenas arrependidas, costumo perguntar quando as madalenas se arrependeram. A primeira denúncia do comunismo surge em 1929, com o livro de viagens Vers l?autre flamme, do escritor romeno de expressão francesa Panaïti Istrati. Viajou com Nikos Kazantzakis, escritor cretense apaixonado pelo comunismo, pela Rússia e demais repúblicas socialistas. Enquanto Kazantzakis só via maravilhas, Istrati só via miséria. "Não se faz omelete sem quebrar ovos", dizia Kazantzakis. "Estou vendo apenas ovos quebrados e nenhuma omelete", objetava Istrati. Após publicar seu livro, Panaïti foi excluído do mundo dos vivos.Alertas não faltaram ao longo das décadas. Nos anos 30, tivemos as denúncias de André Gide, Albert Camus, Ernesto Sábato, Arthur Koestler, George Orwell, Ignazio Silone e tantos outros que foram crucificados por seus contemporâneos. Em 1949, após a affaire Kravchenko, desfechado pela publicação de Eu escolhi a liberdade, não mais era possível a um homem honesto optar pelo marxismo.Certo, Tarso nasceu em 47. Mas Tarso é homem que lê. Impossível que não tenha tido notícia destas bibliografias em seus anos de jovem ou de adulto. Eu também nasci em 47. Desde muito cedo, li filosofia marxista. Considerei-a uma resposta por demais rude a meu intelecto. Quando me falavam das maravilhas do paraíso soviético, eu tinha apenas uma singela pergunta: mas se o regime é tão lindo, por que é proibido viajar ao exterior?Não é possível entender que um homem culto e bem informado preste culto, hoje, a Vladimir Ilitch Ulianov. A menos que não seja culto nem informado. Ou que ainda alimente sonhos de um totalitarismo que pertence ao passado. Qualquer das hipóteses não o recomenda como ministro da Justiça.
Cristaldo é jornalista, escritor e tradutor e vive em São Paulo.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

General responde a Mirian Leitão

Resposta do General Torres de Melo à carta da jornalista. Em 28/03/07

À Senhora Jornalista Miriam Leitão

Li o seu artigo "ENQUANTO ISSO", com todo cuidado possível. Senti, em suas linhas, que a senhora procura mostrar que os MILITARES BRASILEIROS de HOJE, são bem diferentes dos MILITARES BRASILEIROS de ONTEM. Penso que esse é o ponto central de sua tese. Para criar credibilidade nas suas afirmativas, a senhora escreveu: "houve um tempo em que a interpretação dos militares brasileiros sobre LEI E ORDEM era rasgar as leis e ferir a ordem. Hoje em dia, eles demonstram com convicção terem aprendido o que não podem fazer". Permita-me discordar dessa afirmativa de vez que vejo nela uma injustiça, pois fiz parte dos MILITARES DE ONTEM e nunca vi os meus camaradas militares rasgarem leis e ferir a ordem. Nem ontem nem hoje. Vou demonstrar a minha tese.

Texto completo


No Império, as LEIS E A ORDEM foram rasgadas no Pará, Ceará, Minas, Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul pelas paixões políticas da época. AS LEIS E A ORDEM foram restabelecidas pelo Grande Pacificador do Império, um Militar de Ontem, o Duque de Caxias, que com sua ação manteve a Unidade Nacional. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Pelo contrário.

Vem a queda do Império e a República. Pelo que sei, e a História registra, foram políticos que acabaram envolvendo os velhos Marechais Deodoro e Floriano nas lides políticas. A política dos governadores criando as oligarquias regionais, não foi obra dos Militares de Ontem, quando as leis e a ordem foram rasgadas e feridas pelos donos do Poder, razão maior das revoltas dos tenentes da década de 20, que sonhavam com um Brasil mais democrático e justo. Os Militares de Ontem ficaram ao lado da lei e da Ordem. Lembro à nobre jornalista que foram os civis políticos que fizeram a revolução de 30, apoiados, contudo, pelos tenentes revolucionários, menos Prestes, que abraçou o comunismo russo.

Veio a época getuliana, que, aos poucos, foi afastando os tenentes das decisões políticas. A revolução Paulista não foi feita pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos paulistas que não aceitavam a ditadura de Vargas. Não foram os Militares de Ontem que fizeram a revolução de 35 (senão alguns, levados por civis a se converterem para a ideologia vermelha, mas logo combatidos e derrotados pelos verdadeiros Militares de Ontem); nem fizeram a revolta de 38; nem deram o golpe de 37. Penso que a senhora, dentro de seu espírito de justiça, há de concordar comigo que foram as velhas raposas GETÚLIO - CHICO CAMPOS - OSWALDO ARANHA e os chefetes que estavam nos governos dos Estados, que aceitaram o golpe de 37. Não coloque a culpa nos Militares de Ontem.

Veio a segunda guerra mundial. O Nazismo e o Fascismo tentam dominar o mundo. Assistimos ao primeiro choque da hipocrisia da esquerda. A senhora deve ter lido - pois àquela época não seria nascida -, sobre o acordo da Alemanha e a URSS para dividirem a pobre Polônia e os sindicatos comunistas do mundo ocidental fazendo greves contra os seus próprios países a favor da Alemanha por imposição da URSS e a mudança de posição quando a "Santa URSS" foi invadida por Hitler. O Brasil ficou em cima de muro até que nossos navios (35) foram afundados. Era a guerra, a FEB e seu término. Getúlio - o ditador - caiu e vieram as eleições. As Forças Armadas foram chamadas a intervir para evitar o pior. Foram os políticos que pressionaram os Militares de Ontem para manter a ordem. Não rasgamos as leis nem ferimos a ordem. Chamou-se o Presidente do Supremo Tribunal Federal para, como Presidente, governar a transição. Não se impôs MILITAR algum.

O mundo dividiu-se em dois. O lado democrático, chamado pelos comunistas de imperialistas, e o lado comunista com as suas ditaduras cruéis e seus celebres julgamentos "democráticos". Prefiro o primeiro e tenho certeza de que a senhora, também. No lado ocidental não se tinham os GULAGs.

O período Dutra (ESCOLHIDO PELOS CIVIS E ELEITO PELO VOTO DIRETO DO POVO) teve seus erros - NUNCA CONTRA A LEI E A ORDEM - e virtudes como toda obra humana. A colocação do Partido Comunista na ilegalidade foi uma obra do Congresso Nacional por inabilidade do próprio Carlos Prestes, que declarou ficar ao lado da URSS e não do Brasil em caso de guerra entre os dois países. Dutra vivia com o "livrinho" (a Constituição) na mão, pois os políticos, nas suas ambições, queriam intervenções em alguns Estados, inclusive em São Paulo. A senhora deve ter lido isso, pois há vasta literatura sobre a História daqueles idos.

Novo período de Getúlio Vargas. Ele já não tinha mais o vigor dos anos trinta. Quem leu CHATÔ, SAMUEL WEINER (a senhora leu?) sente que os falsos amigos de Getúlio o levaram à desgraça. Os Militares de Ontem não se envolveram no caso, senão para investigar os crimes que vinham sendo cometidos sem apuração pela Polícia; nem rasgaram leis nem feriram a ordem.

Eram os políticos que se digladiavam e procuravam nos colocar como fiéis da balança. O seu suicídio foi uma tragédia nacional, mas não foram os Militares de Ontem os responsáveis pela grande desgraça.

A senhora permita-me ir resumindo para não ficar longo. Veio Juscelino e as Forças Armadas garantiram a posse, mesmo com pequenas divergências. Eram os políticos que queriam rasgar as leis e ferir a ordem e não os Militares de Ontem. Nessa época, há o segundo grande choque da esquerda. No XX Congresso do Partido Comunista da URSS (1956) Kruchov coloca a nu a desgraça do stalinismo na URSS. Os intelectuais esquerdistas ficam sem rumo.

Juscelino chega ao fim e seu candidato perde para o senhor Jânio Quadros. Esperança da vassoura. Desastre total. Não foram os Militares de Ontem que rasgaram a lei e feriram a ordem. Quem declarou vago o cargo de Presidente foi o Congresso Nacional. A Nação ficou ao Deus dará. Ameaça de guerra civil e os políticos tocando fogo no País e as Forças Armadas divididas pelas paixões políticas, disseminadas pelas "vivandeiras dos quartéis" como muito bem alcunhou Castello.

Parlamentarismo, volta ao presidencialismo, aumento das paixões políticas, Prestes indo até Moscou afirmando que já estavam no governo, faltando-lhes apenas o Poder. Os militares calados e o chefe do Estado Maior do Exército (Castello) recomendando que a cadeia de comando deveria ser mantida de qualquer maneira. A indisciplina chegando e incentivada dentro dos Quartéis, não pelos Militares de Ontem e sim pelos políticos de esquerda; e as vivandeiras tentando colocar o Exército na luta política.

Revoltas de Polícias Militares, revolta de sargentos em Brasília, indisciplina na Marinha, comícios da Central e do Automóvel Clube representavam a desordem e o caos contra a LEI e a ORDEM. Lacerda, Ademar de Barros, Magalhães Pinto e outros governadores e políticos (todos civis)incentivavam o povo à revolta. As marchas com Deus, pela Família e pela Liberdade (promovidas por mulheres) representavam a angústia do País. Todo esse clima não foi produzido pelos MILITARES DE ONTEM. Eles, contudo, sempre à escuta dos apelos do povo, pois ELES são o povo em armas, para garantir as Leis e a Ordem.

Minas desce. Liderança primeira de civil; era Magalhães Pinto. Era a contra-revolução que se impunha para evitar que o Brasil soçobrasse ao comunismo. O governador Miguel Arraes declarava em Recife, nas vésperas de 31 de março: haverá golpe. Não sabemos se deles ou nosso. Não vamos ser hipócritas. A senhora, inteligente como é, deve ter lido muitos livros que reportam a luta política daquela época (exemplos: A Revolução Impossível de Luis Mir - Combates nas Trevas de Jacob Gorender - Camaradas de William Waack - etc) sabe que a esquerda desejava implantar uma ditadura de esquerda. Quem afirma é Jacob Gorender. Diz ele no seu livro: "a luta armada começou a ser tentada pela esquerda em 1965 e desfechada em definitiva a partir de 1968". Na há, em nenhuma parte do mundo, luta armada em que se vão plantar rosas e é por essa razão que GORENDER afirma: "se quiser compreendê-la na perspectiva da sua história, A ESQUERDA deve assumir a violência que praticou". Violência gera violência.

Castello, Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo com seus erros e virtudes desenvolveram o País. Não vamos perder tempo com isso. A senhora é uma economista e sabe bem disso. Veio a ANISTIA. João Figueiredo dando murro na mesa e clamando que era para todos; e Ulisses não desejando que Brizolla, Arraes e outros pudessem tomar parte no novo processo eleitoral, para não lhe disputarem as chances de Poder. João bateu o pé e todos tiveram direito, pois "lugar de Brasileiro é no Brasil", como dizia. Não esquecer o terceiro choque sofrido pela a esquerda: Queda do Muro de Berlim, que até hoje a nossa esquerda não sabe desse fato histórico.

Diretas já. Sarney, Collor com seu desastre, Itamar, FHC, LULA e chegamos aos dias atuais. Os Militares de Hoje, silentes, que não são responsáveis pelas desgraças que vivemos agora, mas sempre aguardando a voz do Povo. Não houve no passado, nem há, nos dias de hoje, nenhum militar metido em roubo, compra de voto, CPI, dólar em cueca, mensalões ou mensalinhos. Não há nenhum Delúbio, Zé Dirceu, José Genoíno, e que tais. O que já se ouve, o que se escuta é o povo dizendo: SÓ OS MILITARES PODERÃO SALVAR A NAÇÃO. Pois àquela época da "ditadura" era que se era feliz e não se sabia...Mas os Militares de Hoje, como os de Ontem, não querem ditadura, pois são formados democratas. E irão garantir a Lei e a Ordem, sempre que preciso.

Os militares não irão às ruas sem o povo ao seu lado. OS MILITARES DE HOJE SÃO OS MESMOS QUE OS MILITARES DE ONTEM. A nossa desgraça é que políticos de hoje (olhe os PICARETAS do Lula!) - as exceções justificando a regra - são ainda piores do que os de ontem. São sem ética e sem moral, mas também despudorados. E o Brasil sofrendo, não por conta dos MILITARES, mas de ALGUNS POLÍTICOS - uma corja de canalhas, que rasgam as leis e criam as desordens.

Como sei que a senhora é uma democrata, espero que publique esta carta no local onde a senhora escreve os seus artigos, que os leio atenta e religiosamente, como se fossem uma Bíblia. Perfeitos no campo econômico, mas não muitos católicos ou evangélicos no campo político por uma razão muito simples: quando parece que a senhora tem o vírus de uma reacionária de esquerda.

Atenciosa e respeitosamente,

GENERAL DE DIVISÃO REFORMADO DO EXÉRCITO FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO.

(Um militar de ontem, que respeita os militares de hoje, que pugnam pela Lei e a Ordem).