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quarta-feira, 11 de abril de 2012

O BRASIL DESSES 20 ANOS PASSADOS…

uma vergonhosa história.
Num país muito grande, desconhecido e cheio de gente saudável, bronzeada e de muito valor, ao longo dos anos…
Mas, a cobiça começou a encher os olhos dos outros povos, mais claros, faces avermelhadas, de olhos azuis e fala enrolada.  Alguns, até muito enrolada, incompreensível. Para simplificar, vamos chamá-los de bronzeados e de branquelas vermelhos ou, simplesmente, vermelhos.
Os vermelhos queriam porque queriam se apossar das riquezas dos bronzeados, que viviam felizes, sambando, cantando, sem se importar muito com eles.  Seria fácil conseguir uma vitória sobre os bronzeados, para escravizá-los, dominá-los, assaltá-los. Veio o primeiro entrevero: mataram muitos guardiões bronzeados durante a noite, à traição, enquanto dormiam e se denominaram vencedores, donos de tudo. Não contavam com a reação dos demais guardiões, que, depois de uma luta sangrenta, mas rápida, recolocaram o país novamente nos trilhos.  E continuaram felizes.
Passaram-se 29 anos de relativo sossego, até que os vermelhos, inconformados, voltaram à carga: corromperam os costumes, roubo generalizado em todos os níveis do governo, país à beira do abismo. Surgem novamente os guardiões e enxotam os vermelhos para as terras longínquas de seus patrões ambiciosos. Aí, foi um pouco mais difícil recolocar o país nos trilhos: a coisa tinha sido muito mais profunda do que se imaginava. Passaram-se 21 anos e foi considerado o país salvo, tendo evoluído muito, país modernizado, povo voltando a ser feliz.
Mas os pensadores vermelhos, os estrategistas, tinham evoluído de tática, convencidos de que para vencerem os guardiões teria que ser de forma bem diferente: corrupção foi a palavra chave.  Passados mais 27 anos dessa constante ação, os bronzeados já estavam pegando o jeito dos vermelhos.  O homem é um animal orgulhoso, fraco, e muitos guardiões têm os culhões na cabeça. Desde que seja corrompido através de mulher, tudo parece se justificar mais fácil. Seduzir, enganar, bajular, nada como usar os ensinamentos de uma Dalila especializada. Intensificaram-se os “malfeitos” introduzidos no meio dos guardiões da pátria. Generalizado o roubo pelos recantos do país, população considerando roubar uma ação natural, e todos querendo participar, sem nenhuma punição, sem mais nada, os guardiões foram sendo dominados. Um guardião falsificando documentos em proveito próprio ou de algum parente, derretendo vestígios, mesmo gravados em metal, mudando nomes, para enaltecer outros protegidos, aí começou a enxurrada da podridão. Espanto generalizado entre os mais dedicados e fiéis guardiões. Depois, relevando os malfeitos de seus subordinados, que compraram, à vista, cash, apartamentos de dois milhões e meio de reais no bairro do Flamengo, com a Polícia Federal e o Ministério Público levantando os dados da negociata e ficando com o trunfo nas mãos, nos mais altos escalões dos Tribunais, os guardiões estavam, por fim, dominados, manietados.  Impossível resistir, como estamos vendo. Quem vai encarar?
O próximo capítulo será mais interessante. E mais sangrento.