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domingo, 13 de maio de 2012


EMPURRANDO COM A BARRIGA


A CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA FAMÍLIA MILITAR – CONFAMIL congrega 5,2 milhões de MILITARES (reserva, reformados, inativos, pensionistas) das FFAA em suas entidades que compõem o Sistema CONFAMIL.
Seu presidente é o Capitão-de-Mar-e-Guerra
Waldemar da Mouta Campello Filho
que é também o Coordenador do Sistema CONFAMIL
Façamos nossas as palavras de Tamandaré: SUSTENTAR O FOGO QUE A VITÓRIA É NOSSA. Ad Sumus.
AUMENTO DOS MILITARES
 Objetivando esclarecer a Família Militar sobre a evolução de uma de suas importantes aspirações, o aumento de sua remuneração, a CONFAMIL houve por bem recolher informações sobre a problemática que envolve essa questão, e transmitir a comunidade o que é essencial de ser observado.
Assim sendo, cabe-nos fazer um breve retrospecto sobre as preliminares que tiveram lugar ao início da discussão sobre esse tema, para que possamos ter a visão abrangente da ação de todos os atores nele envolvidos, e permitir-nos projetar desfechos prováveis sobre a perspectiva de obtermos o tão esperado reajuste salarial.
Em agosto de 2011, portanto, há oito meses, os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica entregaram, ao Ministro da Defesa, um estudo minucioso sobre a situação remuneratória dos militares das Forças Armadas. Esse estudo descrevia, com base em dados oficiais, portanto irrefutáveis, a gritante disfunção salarial entre os militares e as demais categorias de servidores que percebem pela União. Indicava, também, uma proposta para, pelo menos, superar a desigualdade entre a remuneração média per capita dos militares e a dos integrantes da Administração Direta, servidores civis mais mal remunerados em nível federal.
A referida proposta, depois de algum tempo, foi encaminhada aos setores técnicos do Ministério da Defesa, que começaram uma série de estudos e análises sobre a proposição, inclusive com a participação de integrantes do Ministério do Planejamento. Nesse ínterim, iniciou-se, paralelamente, a elaboração de documento preliminar sobre uma Política de Remuneração para o pessoal das Forças Armadas, numa evidente manobra protelatória, que, invariavelmente, se sucede às reivindicações sobre reajustes salariais dos militares federais.
De agosto de 2011 até a presente data, a situação dos militares tem se agravado, com a perda progressiva do poder de compra, que, nos níveis dos graduados, atinge o percentual de 30%. Esse aperto salarial, que se instalou a partir de 2003, tem levado os militares a se socorrerem de empréstimos continuados com o objetivo de satisfazerem as suas inevitáveis necessidades básicas.
Essa situação influi, decisivamente, na motivação, na autoestima, e no exercício das atividades rotineiras da profissão do militar, o que pode conduzir, em curto prazo, a situações conflituosas e indesejáveis.
Enquanto isso o Ministro da Defesa proclama, em revistas e jornais, que a situação salarial dos militares deve ser (ou será?) corrigida, mas não sabe (ou não pode) dizer “o quanto ou o quando”, como que transferindo para um futuro incerto (2013, 2014 ou 2015?) o reajuste, também incerto, que poderá ser de 5%, 6% ou 7%.
Enquanto isso, a incerteza se alimenta e cresce com as “informações” produzidas por setores do próprio governo, responsáveis pelo assunto, que afirmam:
- não haverá reajustes para os militares em 2012;
- é possível algum tipo de reajuste no segundo semestre de 2013;
- após terem sido resolvidas as pendências com o judiciário e o legislativo;
- houver, o reajuste de 2013 será modesto – algo como 5% a 6%;
- e deverá estender-se até 2015.
Sejam quais forem as ilações que se façam tentando entender-se aonde se encontra a verdade num tempo em que as mentiras ganham contornos de credibilidade, o fato é que, em termos de ações responsáveis partindo daqueles que têm por missão assistirem diretamente aos interesses das Forças Armadas e de tudo a elas relacionados, como o Ministro da Defesa e os Comandantes Militares das Forças, fica impossível de prever-se até onde a omissão e o conluio se mesclam para impor o silêncio que hoje estamos assistindo. No mínimo, é bem provável que, mais uma vez, estejamos sendo tripudiados como militares e como Forças Armadas pelo poder central que, com suas indisfarçáveis atitudes, insiste em mostrar aos seus seguidores, e por extensão, a população, que as Forças Armadas nada representam de substantivo ao País. Para esse poder, o que pode ser admitido como missão é a invasão de favelas e o auxílio à remoção de detritos, isso até agora.
Não sabemos o que nos aguarda no horizonte das expectativas. Apenas entendemos que, mais do que nunca, mesmo sem o auxílio de uma mídia comprometida com seus próprios interesses no quais não se insere os do País, precisamos nos manter unidos e mobilizados em nossas aspirações. A conquista da nossa dignidade nos impõe muita coragem e determinação para a superação de tanta insensatez e irresponsabilidade com que são tratadas as únicas instituições permanentes presentes em nossa Constituição.
CONFAMIL/montedo.com
 
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Palavras do Presidente da Confederação Nacional da Família Militar (CONFAMIL)
Senhores Presidentes dos Clubes Naval, Militar e da Aeronáutica.
A Confederação Nacional da Família Militar – CONFAMIL, que congrega 5,2 milhões de inativos das FFAA em suas entidades que compõem o Sistema CONFAMIL, não poderia ficar alheia aos últimos acontecimentos colocados a público através da mídia, especialmente a escrita, com relação aos desdobramentos consequentes do Manifesto feito por Vossas Senhorias.
É realmente estarrecedora a reação oficial, principalmente partindo daqueles que respondem por cada uma de nossas Forças.
O curioso em tudo isso é que não encontramos nenhum suporte jurídico para qualquer tipo de ingerência sobre entidades associativas como é o caso dos clubes e de todas as nossas entidades, e isso foi feito com a maior desfaçatez.
Causou-nos especial estranheza a reação ameaçadora feita abertamente contra o Manifesto, e contra os militares da reserva.
Tenho a impressão de que o passado realmente não passou e as mágoas e frustrações serão perenes, façam o que fizerem.
O que não devia ser esperado eram as aleivosias daqueles responsáveis pela condução de nossas FFAA; da parte da Comandante Suprema não se poderia esperar outra coisa, pois sempre foi uma estranha no ninho sagrado que nos acolhe a nós militares; mas do restante da cadeia de direção das Forças é verdadeiramente uma péssima surpresa, pois se não são coniventes, são omissos e até mesmo indiferentes para com a chamada reserva.
Mais uma vez ficou patente o descompromisso dos militares em atividade para com o passado que grande maioria dos inativos vivenciou.
Sempre soube que ao vestirmos os nossos uniformes era como se fosse colocado no corpo de cada um, um passado de lutas e glórias que construíram as nossas instituições militares.
Parece que esse sentimento ficou relegado ao plano das conveniências, e tudo se passa como se a farda fosse apenas uma simples modalidade de uma vestimenta diferente. Digo todas essas coisas aos senhores para mostrar que a Família Militar não está alheia ao sacrifício que fizeram em insurgir-se contra comportamentos surpreendentemente equivocados, motivado por sentimentos inconfessáveis que trazem a ideia de uma relação com crianças rebeldes que precisam ser advertidas.
Senhores Presidentes. Em passado não muito distante, a CONFAMIL propôs a constituição de um colegiado para enfrentar situações como a do presente. Lamentavelmente isso não ocorreu, e os senhores ficaram sós numa atitude de ousadia que, face ao statu quo vigente não teria desfecho diferente.
Somos entidades associativas, e como tal, isentas de qualquer tipo de ingerência, a não ser que já tenhamos assumido a postura definitiva de uma autocracia, que rasga os textos legais, e nos trazem a convicção de estarmos vivendo uma interminável hipocrisia.
É preciso que os nossos dirigentes se lembrem de que o texto constitucional é para ser cumprido por todos, indistintamente, o que significa desqualificar o uso de um reajuste salarial como objeto de barganha; isso é próprio de pelegos.
A CONFAMIL, no uso da sua prerrogativa legal como entidade associativa, repudia, com veemência, todas as ações praticadas contra os clubes militares e particularmente, com os militares da reserva.
Os senhores militares da ativa precisam estar conscientes de que, se tiverem sorte e saúde, um dia estarão incorporados a esta reserva que hoje rejeitam como um ser abjeto que só lhe causam transtornos em suas ambições.
O tempo será o grande juiz que os julgará pelos atos praticados no presente de suas vidas. Sempre tenho dito e mais uma vez vou repetir: os militares da reserva estão inativos, mas não estão mortos. E enquanto houver um sopro de vida em cada um de nós, estaremos prontos a defender os superiores interesses da democracia do nosso País.
Façamos nossas as palavras de Tamandaré: SUSTENTAR O FOGO QUE A VITÓRIA É NOSSA. Ad Sumus.
Waldemar da Mouta Campello Filho 
Capitão-de-Mar-e-Guerra
Presidente da CONFAMIL
Coordenador do Sistema CONFAMIL