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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A LUTA CONTINUA - MUDANÇA DE HÁBITOS


RELATO DE UM COMBATENTE
“Nenhuma caçada se compara à caça ao homem armado na selva."  Hemingway
Autor: Coronel Lício Maciel
O João Pedro, ou Jota Peter, como o chamávamos, já falecido, foi incorporado à minha equipe nos primeiros treinamentos, em 1968, em
Pagina — 147 – — Licio Maciel –
Brasília, e operou comigo desde a primeira missão. Ele era um militar que amava a selva, as caçadas, a atuação isolada de pequenos grupos de combate, não se intimidando com os pontos mais polêmicos. Conversava bem com o matuto, servindo muitas vezes de verdadeiro intérprete. Era inteiramente afeito à selva, combatente nato, atirador e caçador excepcional. De uma de suas narrações, surgiu o apelido de Javali Solitário, que pegou prontamente. O João Pedro tinha a impetuosidade de um javali e não era de muita conversa, como um verdadeiro solitário.
E juntei o João Pedro a um outro grande e valoroso combatente nato, o Cid, também desde a primeira missão. Um pelo outro, eu ficaria na dúvida qual o melhor; na realidade, eles se completavam.
João Pedro,o “Javali Solitário”ou “Jota Peter”,e o Cid tomaram parte em quase todas as missões que comandei, de dezembro de 1968 a outubro de 1973, com a última missão, de paz, em 1974, para “resgatar” a musa dos pioneiros da “zona” de Araguaína.
Eles continuaram atuando na luta depois que fui momentaneamente derrubado. Hoje, tenho a satisfação de trocar e-mails com a neta do Jota Peter, já terminando a Universidade, além de manter sempre ligação com o Cid.
Houve um outro guerreiro muito eficiente, o Nazareno, que se distinguiu nas ações, mas que foi designado para outro setor.
Cid, grande guerreiro, coragem, sangue frio; inteligente, leal e de grande presença de espírito – de personalidade irrequieta, sempre muito bem disposto, bem humorado, muito prático e objetivo, era também o incansável e exímio motorista da equipe pela Belém-Brasília e Transamazônica. Tornou-se muito bom atirador; divertia-se com os erros dos companheiros nos treinamentos no stand de tiro, independentemente do posto. Despertou o gosto para as ações difíceis, arriscadas e perigosas, já durante os percursos ao longo da Belém-Brasília. Sua característica principal era o dinamismo; sempre em atividade, observando tudo com clareza e sagacidade. Adaptou-se rapidamente aos rigores das missões, principalmente na selva. Sua única deficiência: era um fumante inveterado.
— 148 –
— Guerrilha do Araguaia —
Certa vez, ao reunir a patrulha na orla da mata para dar início a uma missão que era prevista para ser prolongada, notei a mochila do Cid muito certinha, quadradinha, por baixo da rede e da capa; fiquei desconfiado. Aí tem coisa, pensei. Para não melindrá-lo, depois de feitas as recomendações e estudo da missão, mais ou menos de praxe, dei ordem para abertura das mochilas, inspeção antes da partida. Ele quis sair de forma, mas não deu; abertas as mochilas, a dele só tinha pacotes de cigarro Hollywood.“Como é que você vai enfrentar a selva só levando cigarro, cara?”. “Chefe, deixa comigo…”. Ele tinha dividido o material com outro elemento da equipe, sendo que o fornecimento de cigarro era por conta e responsabilidade dele. Carga inútil e perigosa na selva. Entretanto, foi esse seu vício que evitou a emboscada preparada pelo destacamento A, quando ele mandou parar para descansar (e fumar).
Não devo falar muito do Cid, ele é que tem de tomar a iniciativa. E quando puder, vai relatar muita coisa interessante, importante e eu o estarei aplaudindo, na certa.
Um dos nossos treinamentos mais intensivos era, naturalmente, o tiro. Atirávamos com todas as armas portáteis, desde o revólver 38 ao lança granada M-79 com granadas “ruturita”, alvo fixo e móvel, silhueta, etc.
Certa vez, fui providenciar mais munição e quando voltei ao stand, encontrei o Cid atirando de 38 em latinhas de guaraná, vazias, seguradas por outro elemento da equipe, em revezamento… quem errasse segurava pro outro…
O Cid, por suas grandes qualidades, será uma pessoa que sempre guardarei na lembrança; e, por suas ações, sempre terá minha eterna gratidão.
De acordo com Curió, foram 16 militares mortos na guerrilha.
Outros escritores fornecem números diferentes.
Comentario:
Do Editor de RESERVATIVA
José Conegundes Nascimento
A tinta que descreve a guerrilha é sem dúvida permanente. A adrenalina é o ópio e vicio dos heróis
40 anos lá se foram. Quantas vezes nos encontramos nos cemitérios onde prestamos homenagens aos amigos que partem para sua última morada.
O tempo se encarrega de apagar as pegadas da alma.
Duas coisas são permanentes, o ódio do inimigo, por ter sido derrotado; o orgulho  do soldado no cumprimento de seu dever para com a Pátria.
Assim como o vento move as dunas, o tempo move as pessoas, a equipe Javali Solitário (sardoso javali) não seria diferente. Ou seria?
Os jovens soldados que nela se revessavam, se foram, constituíram famílias talvez, e hoje o que resta são lembranças.
Fim da guerra, início da paz e do crescimento do País.
NÃO
Apenas mudança de hábito.

O leigo em humanidades, o inimigo ressurge das urnas ( as não funerárias) e e investem com novas armas, -  a  mentira. A mentira deslavada, a mentira contratada, a mentira planejada e mentira da mídia subserviente a pecúnia, e até o parto sem dor da comissão da mentira escrachada.
Os pais e mães  dos combatentes armados pelo comunismo internacional, que se calaram, que incentivaram, que não se imputaram com os risco que sabiam eles correriam, ressurgem com vestais de sofredores cujas magoas, saudades e dores só se curam com vultuosas quantias, sangradas do erário, visto que conseguiram com a “Justiça” condenar o Estado pelos seus infortúnios.
Sangram o erário e não satisfeito querem sangrar também os que lutaram em cumprimento de seus legítimos deveres de  mantenedores da democracia com fulcro na Carta Magna.
Fora da SELVA , fora da instituição , numa reserva que certamente não será convocada , o que sobrou da equipe javali, se torna inoperante.
Também não.
Remanescentes da Equipe  Javali,   Coronel Lício  Maciel “ Dr. Asdrúbal” e Tenente José Conegundes Nascimento  “ CID” , trazem a público como promotores o ORVIL , LIVRO  resultante de um trabalho  de dois anos de reconstrução de documentos  Oficiais transformando-os, sem acréscimos ou subterfúgios em uma obra impar  de valor histórico da luta das FFAA  junto com o povo na derrota  das   quatro “Tentativas de Tomadas do Poder” .
Lançado inicialmente no Clube Militar do RJ com sucesso, segue agora para Brasília onde terá seu lançamento na Associação dos Ex-Combatentes da FEB ,como homenagem dos promotores. O evento se dará no dia 20 de Outubro, as 19.00 h   na Sede da Associação. Quadra Norte 913
Acesse o link
www.ternuma.com.br    e veja os próximos lançamentos e detalhes da obra ORVIL

EM TEMPO:  Os comunistas e Socialistas bolivarianos e Cubanos enaltecem em festas a figura do maior assassino da America Latrina  Che Guevara o sangrento, após fuzilar milhares de cubanos, provou do próprio veneno, foi fuzilado em 8 out 1967.
Nós também festamos esse dia maravilhoso  -  já foi tarde, se fosse antes milhares teriam sido salvos.
Aguardamos ansiosamente o dia de festejar o início da decomposição do seu comparsa Fudel Castro.
CID