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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

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Segunda, 15 de maio de 2006, 07h32

Vou te matar, diz Marcola ao chefe do DEIC

Bob Fernandes

Início da manhã do sábado, dia em que 30 policiais civis e militares foram mortos pela ação da facção criminosa denominada PCC. Dali a instantes seria completada a operação que motivou os ataques do Primeiro Comando da Capital em todo o estado: a remoção de 8 dos maiores chefes da organização, entre eles os três principais - Marcola, Julinho Carambola e Gegê do Mangue - para o presídio de Presidente Venceslau, completando a remoção de 768 presos, estes para o presídio de Presidente Bernardes, realizada ao longo da última semana. » Leia mais em "O PCC e o fim-de-semana de terror em SP"
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Os detentos haviam sido levados à sede do DEIC na véspera, no final da tarde. À noite, por ordem do diretor-geral, delegado Godofredo Bittencourt, pizzas foram compradas para os presos. Marcola, o Chefe de todos os Chefes do PCC desde 2002, não aceitou pizza. Pediu, e foi atendido, um X Picanha com fritas.
Início da manhã. O diretor do DEIC conversa com Marcola, faz uma sondagem: - Nas escutas que fizemos tem umas conversas, tem gente falando em matar o Rui Fontes (delegado-chefe da 5ª Delegacia, de Roubo a Bancos, expert em PCC):
- Não, doutor, não é verdade, eu não vou matar o Rui. Eu vou matar você...
A conversa foi ouvida por policiais, e o relato chegou a Terra Magazine.
Outro relato já chegou aos jornais. O delegado Bittencourt chamara o mesmo Marcola para conversar, e dele ouviu:
- Eu posso entrar numa delegacia e matar um policial, mas um policial não pode entrar na cadeia e me matar, pois é obrigação do estado me proteger.
Ainda o mesmo Marcola, instado a interromper a matança na manhã do sábado, informou:
- Não, eu não posso fazer parar isso... a ordem já foi dada.
O Estado, na verdade, já admitira o poder paralelo do PCC, ao movimentar, nos últimos tempos, 768 "lideranças" da facção criminosa para presídios do interior do estado.
O cumprimento da ordem de atacar a polícia mostrou os tentáculos do poder paralelo. A morte de policiais, avaliam setores de inteligência, não se deu por escolhas feitas ao acaso. Os comandos regionais do PCC foram acionados e seus "soldados" foram às ruas executar missões com precisão. Note-se que nenhum delegado foi atacado diretamente, ao menos até a madrugada desta segunda-feira. Um ataque do gênero significaria um degrau a mais na escalada. Hipótese não descartada, como revelam os diálogos do Chefão Marcola com o delegado Bittencourt.
Algumas das mortes indicam, além da ousadia, a intenção de mandar um recado direto e cirúrgico. Um dos policiais, morto num bar com tiros na cabeça, havia deixado a 15ª delegacia no bairro nobre do Itaim Bibi - desconfia a polícia que os criminosos operam na favela vizinha à mega loja Daslu.
Esse ataque mostra um modus operandi e a intenção clara de mandar o recado; os "soldados" do PCC conhecem os policiais de cada região, seus hábitos e onde encontrá-los. Essa foi a mensagem enviada através de oito tiros disparados num bar em região rica da cidade: ir direto a alguém trajado como civil e executá-lo, sem nada dizer e sem motivo algum.
Da mesma forma, outro ataque evidencia até onde o PCC se propôs a, por ora, chegar.
Na madrugada de sexta para sábado, a bordo de 15 veículos, integrantes do PCC atacaram a 55ª delegacia, onde se encontrava uma equipe de plantão: o delegado e quatro agentes. Os criminosos, pelo menos 25 homens, deram 150 tiros. Reconhece um delegado:
- Foi só um aviso, se quisessem eles teriam trucidado todos, teriam entrado mesmo e feito uma peneira de cada policial ali.
O mesmo delegado, na quinta-feira à tarde, já havia comunicado a todos os seus subordinados em várias delegacias que a transferência dos chefes do PCC poderia ter represálias:
- Na verdade, tínhamos informação e todos foram avisados, mas é o tipo de coisa que nem sempre se espera que de fato aconteça.
Outro fator que vem provocando desconforto é que, na tarde do mesmo dia, pelo seu sistema de rádio mas sem adiantar o motivo, a polícia militar emitia um alerta geral.
Um dia antes, a repórter Fátima Souza, da TV Record, já tinha a informação e a comentava com colegas na redação, alertando para a iminência de um ataque se a transferência se efetivasse. Fátima Souza foi quem pela primeira vez, em 1995, revelou a existência do Primeiro Comando da Capital.
Se uma jornalista sabia e pôde antever as conseqüências, como o Estado não se precaveu a tempo?

Terra Magazine

Comentário
Monoelito disse
Esses ataques a Policia, que se repete a cada Eleição, (é só pesquisar nas eleições passadas) não trazem nenhum beneficio para o PCC, pode até trazer eventualmente ao seu Chefe o Marcola um prestigio junto ao Foro de SP
O PT se beneficia desses ataques, culpando seus adversários de incompetência para o combate ao crime
organizado, enquanto isso vai elegendo o criador do Kit Gay, dos milhares de litros de lubrificantes para proteção anos a anos de seus correligionários e ainda divulgador da pornografia infantil nas escolas quando com  incompetência total esteve  no Ministério da "Educação" 
Faça a ligação e mate a xarada:  PT > FORO DE SÃO PAULO > Deputado Boliviano comunista, > seu irmão MARCOLA  Chefe do PCC  >   anarquia e morte antes das eleições, depois calma até aproximas eleiçoes.

De quem é a culpa?  Do Povo. Somos um Pais do Tolos. Se Cristo fosse hoje julgado  no Brasil, certamente por quase unanimidade  o inocentado seria novamente  BARRABAZ.
Avoz do povo deixou de ser do povo e passou a ser da "Bolsa"