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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

COMENTÁRIO 155


Comentário 155 - 10 de janeiro de 2013

Assuntos: (In) Confiabilidades, Falta de Noção, Futuras eleições e Notícias

Instituições , confiáveis?
Corretamente, nós brasileiros confiamos mais nas Forças Armadas, do que em outras instituições, mesmo nas  que têm importância bem maior no seu dia a dia. O Exército já aparecia como a instituição mais confiável, mas sua aprovação saltou para 75%,  seguido pela Igreja Católica. Distantes, na sequência, aparecem o Ministério Público, a imprensa, a polícia, o Judiciário, o Governo e o Congresso, e longe, na lanterna, os partidos políticos, com apenas 7% de  confiabilidade. Considerando que há pouco o PT alardeava 30% de seguidores, deve ter perdido muito com o mensalão.
A desmoralização das Instituições se agrava com o conflito entre o desgastado Poder Legislativo e o Poder Judiciário, e ficará pior quando, por rodízio, o Lewandovski ou o Toffoli assumirem a presidência do STF. – Que falta faz um “Poder Moderador” como o de Pedro II.
Sem Noção
Vendo fantasmas - homens que administram o patrimônio público, têm apelado para o “além” para tomar suas decisões.. como Eduardo Paes e Cezar Maia , que pedem ao “cacique” Cobra Coral que decida por eles.
Congresso - Além do orçamento de 2013, o ano legislativo do Congresso Nacional terá inúmeras medidas provisórias pendentes de votação. Parece não ter noção de suas obrigações, entretanto tem importância. Só ele pode repudiar a maligna Convenção dos Direitos dos Povos indígenas assinada pelo Executivo. Só ele pode melhorar as iníquas leis existentes e  modificar uma Constituição prolixa e incumprível. O que é certo é que este Congresso  é caro demais. Melhor seria reduzir o número de parlamentares para um terço do número atual.
Campanha falaciosa: Proteja sua família. “Desarme-se" – Aí é que você não terá como proteger a sua família. Melhor seria anunciar: “Senhor bandido, poder vir que não haverá resistência. Leve o que quiser e faça com minha mulher e com minhas filhas o que lhe apetecer. Inclusive matá-las.
Esses programas de controle da venda de armas legais estão a postos para serem colocados em prática sempre que algum evento de apelo emocional ocorre. E o resultado: elevação e não a diminuição da criminalidade. A segurança só aumenta para os criminosos e não para população de bem. 
Independente da necessária auto proteção, nossas autoridades deveriam saber que há uma campanha mundial contra a possibilidade de resistência dos “futuros alvos”. A ONU endossa o engodo e compara o desarmamento civil de armas leves aos acordos de não proliferação de armas nucleares entre países. É fácil entender o porquê.
Com que intenções? – A Europa, sem olhar seus problemas financeiros, se propõe a gastar dinheiro para preservar toda a vegetação nativa da Amazônia, mesmo que isto impeça o desenvolvimento da produção. A imprensa européia, esquecendo suas próprias crises, produz artigos sobre a situação dos Guarani Kaiowá e sobre o “Acampamento Internacional de Observadores dos Guarani-Kaiowá em Mato Grosso do Sul”. Que caras de pau.
O motivo errado - O aumento da capacidade militar do nosso País visaria viabilizar a aspiração a um lugar permanente no Conselho de Segurança da ONU. Isto pouco interessa. Só cumpre decisões desse Conselho quem quer. O verdadeiro motivo é dissuadir aventuras estrangeiras e defender os interesses do nosso País quando necessário. Alguns ingênuos imaginam que o Brasil, ao contrário de países como Rússia e China, não enfrenta nenhuma ameaça de origem externa, capaz de justificar níveis elevados de gastos militares. Ledo engano. Nada há e mais perigoso do que riquezas que não se pode defender.

Pode acontecer...nas eleições
2014 ainda está longe, mas isto não nos impede de pensar: A atual corrente política dominante , unida ou desunida, certamente ganhará as próximas eleições pois o entreguismo  é ainda mais repudiado do que a corrupção. Porem, afastada a ameaça da oposição, certamente aflorarão as divergências internas da corrente atualmente dominante, pois o discurso anti corrupção da atual presidente, mesmo com medidas mínimas, atinge profundamente o governo anterior, enlameado pela exposição de sua corrupção generalizada.
Poderíamos, grosseiramente, vislumbrar como provável um confronto entre a facção sindicalista do Lula e a facção nacionalista da Dilma. Com os dados de hoje provavelmente a facção nacionalista teria vantagem em relação ao apelo popular, mas no interior do partido, os políticos prefeririam Lula que lhes concedia boquinhas e era mais tolerante com a corrupção. Isto significa que se ambos “postularem”, não havendo um fato novo e chegarem saudáveis às eleições, o PT escolheria o Lula como seu candidato, isto é Dilma não teria chance dentro do PT, a menos que o Lula resolvesse não disputar a eleição. Num cenário de enfrentamento, só restará à Dilma trocar de partido antes do prazo da desincompatibilização.     
Poderíamos ainda cogitar em que se apoiariam os prováveis postulantes: O Lula, caso o PT o escolha, certamente nos sindicatos e nos políticos da boquinha; a Dilma, caso saia do PT, nos nacionalistas e nos militares. O candidato da atual oposição, nem contará se mantidas as atuais condições. Entretanto, se nossa economia degringolar como deseja o “Estabelecimento Financeiro Internacional”, o discurso anticorrupção e anticomunista pode tornar o candidato competitivo,mas somente se ele conseguir se desvincular do entreguismo de FHC .
O momento é apenas de observação. Muita água ainda vai rolar. No mundo tudo pode acontecer inclusive uma guerra que, se não nos envolver diretamente, envolveria nossos mercados. Caso haja paz no mundo, paz garantida, pior para nós, pois as pressões para a independência indígena será ainda mais forte. Aguardemos.

Notícias
Pré Sal - A produção de petróleo e gás natural na região do pré-sal aumentou 25,6% de outubro para novembro, atingindo média de 227,6 mil barris diários de petróleo e 7,1 milhões de metros cúbicos de gás natural. O aumento se deveu à entrada em operação de mais dois poços, (Jubarte e Marlim Leste. Ainda no início deste ano está previsto o início de operação do piloto de Sapinhoá, outro grande campo do pré-sal, de petróleo, aliás com melhor qualidade .
Venezuela – Tudo indica que o Chavez está a beira do óbito. Isto talvez seja festejado por muitos, atentos a imprensa americanófila, mas o nosso País perderá, se não um aliado, sua primeira linha de defesa na Amazônia. A área Ianomâmi, um verdadeiro “Curdistão” entre o nosso País e a Venezuela, somente ainda não se uniu ,numa só região autônoma, pela firme recusa do Chavez. Continuará o sucessor dele com a mesma política? Quem dera...
Fretes Marítimos -  Nosso País paga US$ 20.000.000.000,00 / ano em fretes. Uma evasão de divisas que poderia comprar 100 navios por ano e fazer uma frota verdadeiramente nacional que traria competição aos fretes cartelizados (claro, a frota nacional teria de ter gestão eficiente e idônea). Hoje, só a frota da Petrobras é verdadeiramente brasileira. A VALE tem a dela sob bandeira de conveniência (Cingapura), a ALIANÇA pertence à HamburgSud, a LIBRA a CSAV, a NORSUL a grupo dinamarquês e assim são todas. Dilma, desperta!
Contratação suspeita – O Clube de Engenharia, em defesa da capacidade dos técnicos nacionais, pediu cancelamento da contratação de engenheiros militares dos EUA  para a prestação de estudos visando à navegabilidade na bacia do rio São  Francisco. Mesmo desconsiderando o aspecto estratégico não havia mesmo razão para tal contratação. Deve haver aí algum jogo de corrupção, se não de traição.
Perigo – A reduzida taxa de natalidade  - A Grécia já está condenada. A cada 25 anos perde um terço de sua população e o que sobra envelhece cada vez mais. É o resultado da taxa de natalidade de um filho por casal. Se, de agora em diante, cada casal em idade fértil decidir ter cinco filhos, aquele infeliz país ainda levaria cem anos para recuperar a população atual. Neste meio tempo terá tão poucos jovens trabalhando que não terá como investir nem como sustentar sua massa crescente de idosos.
Agora chegam notícias do Japão: Desde 2007, a população japonesa não para de diminuir. Em um ano o país perdeu 212 mil pessoas. Nesse ritmo, em três gerações os japoneses, hoje 128 milhões, estariam reduzidos a 86 milhões. Hoje vendem-se lá mais fraldas geriátricas do que fraldas para crianças. Breve também não terão nem como sustentar sua massa crescente de idosos.
Que isto sirva de alerta para o nosso País. Uma boa medida foi o programa Brasil carinhoso, por mais corrupção e vagabundagem que possa gerar, mas só ele não basta. São necessárias creches. Também são necessários estímulos morais: - condecorações ás mães, homenagens, apoio às normas religiosas que valorizem a natalidade e o que mais for possível. Isto se queremos ao menos conservar o nosso território.
PS – A baixa taxa de natalidade atinge também aos EUA, mas eles tem se beneficiado da imigração ibero-americana, cristã e facilmente assimilável. Isto pode até mudar a composição étnica deles, mas não os ameaça como nação, ao contrário da Europa, cujos imigrantes são islâmicos inassimiláveis que, antes mesmo de se tornarem maioria, tendem a criar Estados próprios.   

Ambientalismo em queda
Embora a presidente Dilma tenha confrontado a maquinaria ambientalista que obstaculiza os projetos de infraestrutura do PAC, ela ainda não parece com coragem para contrariar frontalmente certas pressões do aparato ambientalista-indigenista internacional. Essas atitudes de submissão a pressões externas tinham sido constante nos governos anteriores, desde o Collor, que entregou a reserva ianomâmi, exigida pela agenda da "Nova Ordem Mundial" até o Lula, que admitiu ter homologado a reserva Raposa Serra do Sol, por pressão internacional.
Não obstante, o cenário está em mudança. A agenda ambientalista global experimenta um processo de desmoralização e retrocesso, pelos efeitos dos choques de realidade, pela evidente falsificação dos dados pseudo-científicos dos seus cenários catastrofistas, como pela cada vez mais evidente inviabilidade socioeconômica da sua agenda de restrições ao desenvolvimento, a começar pela insana proposta de "descarbonização" da economia mundial. Com a economia no vermelho, não há muito espaço para os delírios "verdes".
Assim, em face desse enfraquecimento do discurso ambientalista, o adiamento da votação do Código Florestal permitirá que o processo decisório possa transcorrer sob menos pressões externas. E, com um pouco de otimismo, pode-se esperar que, com cabeças mais frias, o Planalto não venha considerar como uma afronta pessoal a aprovação de um texto mais próximo ao já aprovado pela Câmara dos Deputados - que, sem dúvida, representa um consenso majoritário dos setores relevantes da sociedade.
Em 1992, a desmedida soberba de Collor fez da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio-92) a sua versão do Baile da Ilha Fiscal. Na época, houve quem se deixou enganar pelas insidiosas aparências do movimento ambientalista-indigenista internacional. Duas décadas depois, havendo uma maior compreensão de que se trata de um instrumento neocolonial de interesses supranacionais, não é crível que se repitam erros semelhantes e primários.

Mais uma da Funai
A Justiça Federal de Ilhéus mandou reintegrar quatro propriedades que haviam sido invadidas por supostos índios A primeira delas, invadida pela 3ª vez em julho deste ano, foi encontrada com a sede destruída. Tudo roubado. Num gesto insensato, um coordenador da Funai sugeriu ao proprietário que se cadastrasse como índio, a exemplo da sua vizinha Isabel que se cadastrou. Assim se pode aumentar a área indígena sem conflitos..
Os agentes cumpriram mais dois mandados. Ao Chegar noutra fazenda (Grupo Chaves), os “índios” invasores correram.  Entre os evadidos, foi reconhecido o “Cacique” Cleildo, um ex-sem terra, assentado do INCRA, que do nada virou índio e passou a ser cacique, infernizando aquela região.
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Que Deus proteja a todos nós


Gelio Fregapani