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sábado, 4 de maio de 2013

‘Há muitas coisas que as FFAA podem fazer dentro da lei. Ainda não tentaram nenhuma.


OLAVO DE CARVALHO BATEU FORTE E CORTOU FUNDO…

OlavodeCarvalho
BATEU FORTE E CORTOU FUNDO…
Olavo de Carvalho
02/05/2013
Quando digo que as Forças Armadas têm de reagir, isso não tem NADA a ver com golpe militar. Se a cada vez que as Forças Armadas fossem achincalhadas os comandantes reagissem com processos criminais em vez de choramingar em notinhas oficiais que ninguém lê, as coisas nunca teriam chegado aonde chegaram. Eu disse isso mil vezes, e só recebi em resposta aquele olhar de desprezo olímpico com que os “de dentro” humilham os “de fora”. Ainda está em tempo de mover, ao menos, processos cíveis de indenização. Arruinariam o esquema jornalístico de difamação, que é uma peça essencial do poder esquerdista.
Uma segunda medida que as Forças Armadas têm a obrigação de tomar, ainda que com atraso monumental, é instituir suas próprias comissões de pesquisa histórica para averiguar a participação dos comunistas brasileiros na máquina internacional de matar criada por Fidel Castro. Sabem por que não fazem isso? Porque o governo militar do Brasil ajudou Fidel Castro a matar angolanos às pencas.
E por que as nossas Forças Armadas nunca enviaram um pesquisador aos Arquivos de Moscou, para descobrir quem, neste país, estava na folha de pagamentos da KGB?
Quase duas décadas atrás, localizei um historiador russo, residente em Moscou, que falava português e podia fazer a pesquisa por 500 dólares mensais. Não consegui arranjar nem um dólar, por mais que implorasse a milicos, empresários, políticos  etc. Eu mesmo teria pago o salário do homem, se pudesse, mas na época estava numa pindaíba de fazer dó.
Hoje em dia, não sei se ainda está aberto o acesso aos arquivos. Mas não custaria nada entrevistar os pesquisadores estrangeiros que já andaram por lá. Se quiserem contato com o Vladimir Bukovski, arrumo em dez minutos.
‘Há muitas coisas que as Forças Armadas podem fazer dentro da lei. Ainda não tentaram nenhuma.
Quando os militares dizem que só vão reagir “a pedido da sociedade civil”, não sei se o fazem por burrice ou por cinismo. Em 1964 a sociedade civil saiu às ruas porque tinha entidades poderosas que a representavam. Hoje, essas entidades não existem mais ou foram instrumentalizadas pelo PT. A sociedade civil real foi diluída, o que existe hoje é um treco chamado “sociedade civil organizada”, a rede de ONGs a serviço do governo. Os milicos sabem disso. Se cruzam os braços sob a alegação de que esperam um chamado, é porque sabem que NINGUÉM vai chamá-los. Exceto o PT, é claro.
E desde quando a obrigação militar de defender a Constituição está condicionada a um apelo suplementar? Belos patriotas, que só cumprem seu dever quando empurrados de fora.
Sabem por que tantos milicos têm medo de reagir? É porque têm a consciência culpada. Quando governavam, tinham medo de aplicar a pena de morte, porque achavam que iria pegar mal. Em vez disso, preferiam matar escondido e sumir com os cadáveres. Tendo todo o poder legal na mão, preferiam combater como bandidos e não como verdadeiros militares. Sacrificaram a honra à boa imagem. Perderam as duas coisas. É claro que os culpados disso foram muito poucos, mas essa meia dúzia legou à corporação um saldo de vergonhas que, hoje, inibe injustamente a corporação inteira.
Olavo de Carvalho …não existe o direito de alegar o próprio estado de degradação como desculpa para degradar-se mais um pouco.
Blog do Lício