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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

26/02/14 - Brasil não pode ser cúmplice da violência
Editorial O Globo – 26/07/14
Desde a ascensão do coronel Hugo Chávez pelo voto, em 1999, na Venezuela — depois do golpe frustrado de 92 —, o país do “socialismo do século XXI” passou a ser laboratório para uma maquiavélica experiência autoritária: o manejo de instrumentos formalmente democráticos, como plebiscitos, para sufocar a democracia representativa.
A manobra funcionou, foi exportada para outros países da região, como Bolívia e Equador, mas, morto Chávez, e no governo do discípulo Nicolás Maduro, aconteceu o previsto: anos a fio de políticas populistas, o avanço do estado na produção e toda sorte de desmandos gerenciais impulsionaram a inflação para romper a barreira dos 50%, acabaram por destroçar a PDVSA, que repousa sobre uma das cinco reservas mundiais de petróleo sem poder explorá-la com eficiência, e empurraram o país para grave crise econômica, social e, por decorrência, política. Maduro é presidente eleito pelo povo, e seu mandato precisa ser respeitado. Mas a comunidade internacional não pode voltar as costas para abusos que forças regulares e milícias armadas do chavismo, os “coletivos”, têm cometido contra a população.
Até ontem pela manhã, contabilizavam-se 15 mortos. Que fosse apenas um, chavista ou oposicionista. Além disso, há a prisão de um líder de oposição, Leopoldo López, questionável do ponto de vista legal, e detenção de estudantes, com denúncia de torturas. 
Até agora, também como esperado, a ação do Mercosul é pífia, como a nota liberada pelo grupo, escrita em estilo chavista. Na Europa, segunda-feira, a presidente Dilma declarou que Venezuela não é Ucrânia. 
De fato, mas, em certa medida, chega a ser pior, pois, em Kiev, o Parlamento demonstrou independência, afastou o presidente e prepara novas eleições. 
Foi, pelo menos por enquanto, barrado o terrorismo de Estado, algo que pode crescer na Venezuela. A presidente brasileira expõe, ainda, uma miopia clássica da esquerda, ao tentar justificar o autoritarismo em nome de avanços sociais. A História contabiliza barbaridades genocidas cometidas no século XX, sob esta justificativa, na China, na extinta União Soviética, em Cuba, na Coreia do Norte e no Camboja dos “campos da morte”. 
Houve mesmo avanços sociais na Venezuela, mas que são corroídos por uma inflação que se aproxima dos 60%, pelo desabastecimento galopante, todos os sintomas de uma grave implosão do sistema econômico. O país derrete. 
número de mortes e vítimas em geral deve aumentar, e a simpatia ideológica não pode tornar o Brasil cúmplice de crimes contra direitos humanos. Não é esta a tradição do melhor da diplomacia do país. Não se apoia qualquer golpe na Venezuela, mas que Maduro deixe de radicalizar o regime, rota perigosa para si próprio. Para isso, é necessária pressão internacional, Brasil à frente.
 Observação do site www.averdadesufocada.com :
É compreensível que Lula, que é um dos fundadores do Foro de São Paulo esteja alinhado com Maduro, o elogie e o apoie. E que  a presidente brasileira, criada dentro da esquerda radical , exponha essa miopia ,ou, mais que isso, essa simpatia pelos paises alinhados com Cuba e com o comunismo, que chamam de socialismo. 



Comentários   

0#3 Ricardo A d-m-Y H:i
A torcida pela derrota e afastamento de Maduro, para o Brasil, não significa nos meter na política da Venezuela, mas uma possibilidade de um efeito dominó ocorrer no Foro de S.Paulo, caindo os demais paises alinhados com o comunismo, incluindo o Brasil. Por isso nossa atenção com o que ocorre por lá.
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0#2 Aragão d-m-Y H:i
O que tem a Venezuela a ver com o Brasil? Tem muita coisa. A quadrilha comunista é a mesma, apenas aqui manda a Dilma e lá é o Nicolás Maduro. É necessário que mostremos, às pessoas em nossa volta, que o mesmo terror da Venezuela está sendo construído aqui pela comunista da Dilma e seus canalhas. Os cubanos estão infiltrados nas instituições da Venezuela e não demora acontecer conosco. Quando a revolta explodir entre nós, mais cedo ou mais tarde, ela poderá solicitar o apoio das forças cubanas ou chinesas. O desastre na Venezuela pode ser bom para mostrar aos comunistas daqui que o comunismo sempre foi um negócio falido, um cheque sem fundos... Mas é necessário ficarmos atentos porque todo comunista não merece crédito ou respeito. São covardes, mentirosos, maquiavélicos e traiçoeiros. Infelizmente, as Forças Armadas do Brasil preferem discutir salários, cargos, CNV e não reagem, apenas ficam se lamentando e recordando o passado. Enquanto isso, o canhão já aponta em nossa direção.
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+6#1 Lauro d-m-Y H:i
Discordo. Não temos que nos meter nessa porcaria de Venezuela e no resto dos cucarachas e caribideos. Deixa explodir. Temos é que cuidar da NOSSA venezuela e expulsar os maduros, perons e xavis que estão aqui no poder, a vista de todos, infestando e ferrando a Nação.
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