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sábado, 23 de agosto de 2014

vai que cola !!!


sábado, 23 de agosto de 2014

Lava Jato apura ligações de aliados de Lula com Youssef e Paulo Costa – que apela para delação premiada


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

No momento em que Paulo Roberto Costa negocia uma delação premiada, o processo da Operação Lava Jato começa a se aproximar, perigosamente, da cúpula do Partido dos Trabalhadores e da caixa preta dos gestores petistas em fundos de pensão. O Ministério Público Federal já investiga negócios feitos pelo doleiro Alberto Youssef com João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, umbilicalmente ligado ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Réu em uma ação criminal que apura a suspeita de desvio de R$ 70 milhões da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários), no qual foi denunciado por formação de quadrilha, estelionato e lavagem de dinheiro, João Vaccari Neto nega qualquer ligação com os negócios da dupla Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Por causa dele, a República Sindicalista do Brazil começa a aloprar. O ex-diretor de “Abastecimento” que controlava 1832 contas correntes da Petrobras já mandou o recado, via mídia, que, “se falar o que sabe, não tem nem eleição este ano”.

Paulo Roberto Costa fez uma brusca mudança de estratégia de defesa. Abriu mão de um dos mais renomados e competentes advogados criminalistas do País. Ou foi abandonado por Nélio Machado – que discordava do cliente. Ele contratou a criminalista Beatriz Catta Preta – especializada em deleção premiada - cuidou dos processos dos doleiros Raul Srour e Richard Andrew de Mol van Otterloo. Ontem de manhã, enquanto a Polícia Federal fazia a sexta operação em 13 empresas que pertencem a uma filha, um genro e um amigo dele, no Rio de Janeiro, Paulo Roberto se reuniu com a nova defensora, na Superintendência Regional da PF no Paraná, onde está preso.

Paulo Roberto – como se referem a ele os “companheiros” do governo e da Petrobras – é um homem bomba porque tem a memória viva de vários negócios bilionários sob suspeita. Ele é acusado de participação no superfaturamento das obras da refinaria Abreu e Lima, que já torrou R$ 42,2 bilhões sem sair ao papel, de cujos contratos o MPF afirma que teria saído o suborno lavado pelos esquemas do doleiro Youssef.

Agora, a coisa tende a ficar preta para a petralhada, e não é por causa do sobrenome da nova defensora de Paulo Roberto Costa... Até segunda-feira, o doleiro Youssef também embarca na delação premiada. No caso Banestado, ele contou tudo que sabia. Agora, a história tende a se repetir, para desgraça dos petralhas e outros políticos menos votados que fizeram negócios com ele e Paulo Costa.

Peça chave

Preso desde março pela Operação Lava Jato, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja de Youssef na empresa CSA Project, sediada em São Paulo, é quem relaciona Vaccari com o esquema que lavou mais de R$ 10 bilhões.

Em depoimento no último dia 15, Carlos Costa revelou haver indício de que Vaccari estaria intermediando negócios de fundos de pensão (principalmente a Petros) com a CSA e uma outra empresa ligada ao doleiro Youssef, a GFD Investimentos, na qual Paulo Roberto Costa também figuraria como sócio.

Carlos Costa apontou o ex-gerente de Novos Negócios do Petros, Humberto Pires Grault, sindicalista ligado ao PT, como um dos beneficiários de R$ 500 mil, que teriam sido pagos como “comissão” para que o fundo de pensão adquirisse, entre 2005 e 2006, uma cédula de crédito bancário de R$ 13 milhões.

Crise militar

A linha dura dos ideólogos petistas está prestes a criar um problema gigantesco para a comandanta em chefa das Forças armadas – muito mal amadas pela Dilma Rousseff & Cia.

Eles cobram que Dilma exonere o comandante do Exército, general Enzo Peri, por ter proibido os quartéis de colaborar com as investigações sobre violências longamente denunciadas pela esquerda e que teriam sido praticadas em dependências militares durante o regime pós-1964.

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro vai pedir à Procuradoria Geral da República que ingresse com representação contra o comandante Peri por ter determinado que qualquer solicitação sobre o assunto seja respondida exclusivamente por seu gabinete, impondo silêncio às unidades militares.

No ataque

O procurador da República Sérgio Suiama ataca o comandante do Exército:

“O Ministério Público está adotando as medidas necessárias para remover esses obstáculos às investigações e responsabilizar os servidores que sonegam informações. De qualquer forma, é lamentável que o comando atual do Exército de um Estado Democrático de Direito esteja tão empenhado em ocultar provas e proteger autores de sequestros, torturas, homicídios e ocultações de cadáver”.

O procurador alega que as exceções — casos em que os pedidos só podem ser feitos pelo procurador-geral da República e não pelos procuradores de primeiro grau — não incluem o comandante do Exército:

“A lei concede tal prerrogativa apenas para presidente e vice-presidente da República, membros do Congresso Nacional, ministros de Estado e chefes de missões diplomáticas”.